De janeiro a setembro, as exportações brasileiras foram menores, mas as importações também

As exportações brasileiras somaram US$ 144.5 bilhões nos nove primeiros meses de 2015, valor 16,7% menor em relação ao mesmo período de 2014. Já as importações atingiram US$ 134.2 bilhões, valor 23% menor que as compras externas no mesmo período do ano passado. Dessa forma, a balança registrou superávit de US$ 10.2 bilhões no período. Apesar dos saldos mensais terem sido positivos e crescentes desde abril, a corrente de comércio apresenta queda de 19,9% no acumulado de 2015.

Esse cenário mostra que, até o momento, as transações brasileiras de comércio exterior (exportação + importação) registram queda de US$ 69.3 bilhões em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados da Balança Comercial foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) no dia 1º de outubro.
A China foi o principal destino das exportações brasileiras, sendo responsável por 20% do valor total exportado pelo país, US$ 28.9 bilhões. Em segundo lugar está a União Europeia, somando US$ 25.6 bilhões (17,7%), seguida por Estados Unidos, US$ 18.3 bilhões (12,7%) e Argentina, US$ 9.8 bilhões (6,8%).

Na análise da pauta exportadora, os produtos do agronegócio continuam em destaque. Ocupando a primeira posição nas exportações totais do País, a soja em grão obteve US$ 19.1 bilhões em receitas. As exportações de soja em grão, carne de frango (US$ 4.7 bilhões), farelo de soja (US$ 4.5 bilhões), café em grão (US$ 4.1 bilhões), carne bovina (US$ 3.3 bilhões), milho em grão (US$ 2.2 bilhões), fumo em folhas (US$ 1.6 bilhões) e carne suína (US$ 867 milhões), foram responsáveis por 28,5% do valor total exportado no período.

O milho em grão foi o destaque, com crescimento de 1,2% em valor. Essa variação demonstra, em parte, o ótimo de desempenho da produção do milho safrinha em 2015. A Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) estima crescimento de 4,1% na área plantada e 8,2% na produtividade para a safrinha de milho 2014/2015. Esses fatores contribuíram para o aumento de 12,6% na produção, que deverá alcançar 54.5 milhões de toneladas. A estimativa é que a safrinha corresponda a 64,3% da produção total de milho, 84.7 milhões de toneladas.

A valorização do dólar frente à moeda nacional elevou a competitividade do milho brasileiro no mercado externo, principalmente em relação aos EUA. O indicador de preços do milho ESALQ/BM&F Bovespa fechou o mês de setembro em R$ 33,69, um crescimento de 19,6% no mês. Outros produtos do agronegócio que apresentaram aumento no valor exportado são: celulose (+3,2%), madeira serrada (+13,6%), laminados planos (+59,5%) e papeis e cartões (+1,3 %).

 

Fonte: Canal do Produtor 

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