A Embrapa Suínos e Aves divulgou o Índice de Custos de Produção de Frango (ICPFrango) referente a janeiro, e os dados mostraram aumento nos investimentos na atividade, após um mês de dezembro de leve recuo nos custos.
Segundo o levantamento, em relação a dezembro, houve alta de 5,13% no ICPFrango, custos puxados, principalmente, pela alta nos insumos para a alimentação das aves.
O principal quesito que pesa nas contas do avicultor, a nutrição dos animais, aumentou 6,78% em janeiro no comparativo com dezembro. No acumulado dos últimos 12 meses, houve aumento de 38,86%. Atualmente, a alimentação das aves representa 76,62% do total investido na atividade.
No Paraná, estado que lidera a produção de frangos no Brasil, os custos, de forma geral, subiram 5,28% em janeiro, em relação a dezembro de 2020, atingindo R$ 4,58/kg. No que diz respeito à alimentação das aves, o aumento foi de 9,34%, chegando a R$ 3,51/kg.
Ao estender a comparação entre janeiro deste ano com janeiro de 2020, o aumento dos custos de produção na avicultura paranaense foi de 52,15%.
A título de comparação, de acordo com o histórico de cotações do Departamento de Economia Rural da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Deral/Seab), exibidas pelo Notícias Agrícolas, entre os dias 29 de janeiro de 2020 e a mesma data deste ano, o preço do frango vivo subiu 32%.
Segundo o diretor-presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, de julho de 2020 a janeiro deste ano, o preço da saca de milho subiu 70%; no mesmo período, o farelo de soja aumentou 55%. “Isso, no final das contas, resultou em um aumento em torno de 60% no custo da ração”, disse.
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