Não é novidade que o custo de produção da nova safra da soja tem sido uma das preocupações dos produtores mato-grossenses, apresentando-se como o maior da história. O custo ponderado total até junho de 2015 da safra 2015/16, de R$ 2.882,94/ha, está 17% superior ao da 2014/15.
As incertezas para a nova safra têm sido um dos fatores que cadenciam o ritmo da comercialização dos insumos neste ano. Apesar destes números nada agradáveis, os patamares de julho para as cotações tanto spot quanto futuro do grão no mercado interno tem gerado cenários positivos para a nova safra.
A relação de troca do custo total tanto com o preço disponível quanto com a paridade para março-16, pela primeira vez nesta safra, apresenta-se, na média de julho, abaixo da relação do ano passado. Percebe-se que, apesar dos obstáculos para a lucratividade da próxima safra, as oportunidades atuais envolvendo a receita caracterizam-se como um grande momento para a safra 15/16.
O preço da soja no mercado interno apresentou uma guinada de 1,2%, fechando com cotação média de R$ 57,09/saca. A elevação na taxa de câmbio sustentou a valorização. O dólar registrou forte alta nesta semana, devido, principalmente, a redução da meta fiscal do governo federal.
A variação foi de 2,75%, e a cotação média, R$ 3,26/US$. Por mais uma semana o prêmio da soja no Porto de Paranaguá, para o contrato de agosto, apresentaram alta. A média, de US$ 0,70/bu, está bem acima à do ano passado. Os contratos para ago/15 e mar/16 na CBOT apresentaram desvalorização de 1,59% e 2,85%, respectivamente. O recuo deve-se, sobretudo, às especulações em torno do clima no Corn Belt nos EUA.
Fonte: IMEA