Quando a colheita do arroz é realizada tardiamente, aumenta a quantidade de grãos quebrados, enquanto a antecipação também pode favorecer o aparecimento de defeitos. Em ambos os casos, o valor comercial do produto é reduzido. É o que divulgou a Revista A Lavoura, na edição nº 695/2013, páginas 14 a 19.
Colher na época certa é, portanto, fundamental para se obter um produto de qualidade e com maior
rendimento. O arroz atinge o ponto de maturação adequado quando dois terços dos grãos da panícula estão maduros. Embora essa fase seja fácil de ser identificada visualmente, pode-se tomar como base, também, o teor de umidade dos grãos, que, preferencialmente, deve estar entre 16% e 23%, para a maioria das cultivares.
A colheita precoce, com umidade elevada, aumenta a proporção de grãos malformados e gessados. O arroz colhido tardiamente, com umidade muito baixa, afeta a produção pelo degrane natural, ocorrendo a trinca dos grãos e a redução do rendimento dos que permaneceram inteiros no beneficiamento.
Algumas cultivares são muito exigentes quanto ao ponto de colheita. Desconhecer esta exigência pode acarretar acentuado índice de quebra de grãos no beneficiamento.
MÁQUINAS DE COLHEITA
A colheita pode ser realizada por diversos tipos de máquinas, desde as de pequeno porte, tracionadas por trator, até as colhedoras automotrizes, dotadas de plataforma de colheita de grande largura de trabalho. Tais máquinas realizam, em sequência, as operações de corte, recolhimento, trilha e limpeza dos grãos. As colhedoras de arroz colhem e trilham as plantas em uma única operação.
As máquinas especiais para terrenos de baixa sustentação, como os de lavouras irrigadas, são equipadas com pneus arrozeiros ou com pneus duplados, de maior superfície de contato com o solo, ou com esteiras.
São dotadas de mecanismos de corte e alimentação de plantas; de trilha; de separação; de limpeza; de transporte e armazenamento de grãos e de outros componentes especiais para garantir boa operação nas variadas condições de cultivos, como as de várzeas.
CUIDADOS PARA COLHER COM EFICIÊNCIA O ARROZ IRRIGADO:
1. Equipar a colhedora com rodado de esteira para operar nos terrenos de baixa sustentação;
2. Controlar a velocidade do molinete para não ultrapassar em 25% a velocidade de avanço da máquina;
3. Usar cilindro trilhador de dentes com rotação entre 500 e 700 rpm;
4. Regular adequadamente a abertura entre o côncavo e o cilindro batedor para obter máxima eficiência na trilha e mínimo dano e perda de grãos;
5. Evitar velocidades de operação excessivas, já que isso aumente substancialmente as perdas.
Continue lendo, gratuitamente, esta reportagem na edição nº 695/2013 da Revista A Lavoura. Para assinar nossa publicação e recebê-la impressa em sua casa, envie um e-mail para assinealavoura@sna.agr.br ou acesse www.sna.agr.br/publicacoes/a-lavoura.
Fonte: Revista A Lavoura – Edição nº 695/2013