O novo head de investimentos e soluções financeiras da Agrotools e ex-vice-presidente da Arlon Group, André Glezer, defendeu a adoção de medidas para incrementar o crédito rural no Brasil. Segundo ele, “o momento é propício para o fomento ao crédito, visando a maior produtividade do campo”.
O executivo justificou sua declaração destacando que o mundo vai precisar aumentar em 20%, em média, a produção de alimentos nos próximos dez anos, e “que só existe uma forma de viabilizar esse aumento de produtividade: com mais capital investido”.
Glezer argumentou que, para que o mundo obtenha o crescimento esperado, é preciso que o Brasil aumente seu cultivo em cerca de 40%.
“É necessário investir fortemente dentro e fora da porteira. Isso quer dizer que os produtores rurais precisam de mais insumos com tecnologia (sementes, fertilizantes); equipamentos e máquina agrícolas; silos de armazenamento; sistemas de irrigação e integração lavoura, pecuária e floresta, etc.”
Conformidade
Porém, o fator mais importante, acrescentou Glezer, “é que esse investimento aconteça com sustentabilidade, sem desmatamentos e utilizando mão de obra lícita. O setor necessita de dinheiro e a queda estrutural na taxa de juros brasileira acena como mais um estímulo para as linhas de crédito rural”.
No entanto, garantem os analistas, para que as notícias sobre a queda dos juros e aumento de disponibilidade de capital sejam verdadeiramente positivas, as instituições financeiras que fornecem crédito ao setor rural precisam aumentar sua eficiência e reduzir fatores de risco, tanto os de ordem financeira como aqueles que envolvem o financiamento para quem não está em conformidade como o princípios ESG (Environmental, Social and Governance).
Segundo especialistas do setor, o cerco às finanças sustentáveis – ou finanças verdes – está se fechando, e ao mesmo tempo estimulam as instituições – por meio de leis e marcos regulatórios – a direcionar recursos apenas para quem esteja alinhado com as boas práticas ambientais, sociais e de governança.
Suporte tecnológico
“A solução de financiamentos passa por um modelo de integração entre as diversas empresas do agro, suportado por uma plataforma tecnológica”, afirmou Glezer, ressaltando a atuação da Agrotools na área de soluções digitais.
Para o CEO da empresa, Sérgio Rocha, por meio da transformação digital, os bancos conseguem ter ampla inteligência para atuar no agro, automatizando suas operações e tirando mais proveito do uso de dados para reduzir a assimetria de percepção de riscos.
“Trata-se de um setor com muitas variáveis, e a aplicação de soluções digitais permite controlar melhor os riscos e explorar oportunidades, que devem crescer”, disse Rocha.
“Com a força da nossa plataforma e base de dados, somadas às competências de clientes e parceiros, vamos alavancar o crédito rural brasileiro, ajudando o país a cumprir sua missão de alimentar o mundo, com sustentabilidade”, concluiu Glezer.
Fonte: Agrotools
Equipe SNA