Os produtores rurais contrataram R$ 174.9 bilhões em crédito rural no Plano Safra 2022/23 até o momento (de julho até novembro de 2022). Desse total, os financiamentos de custeio tiveram aplicação de R$ 112.4 bilhões (64,20% do total).
Já os investimentos totalizaram R$ 43 bilhões, a comercialização somou R$ 10.5 bilhões e a industrialização R$ 8.9 bilhões, segundo informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Segundo o comunicado da Pasta, os valores apresentados são provisórios e foram extraídos, no dia 5 deste mês, do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor/BCB), que registra as operações informadas pelas instituições financeiras autorizadas a trabalhar com crédito rural.
De acordo com a análise da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, os financiamentos do custeio tiveram R$ 18.1 bilhões realizados pelos pequenos agricultores (Pronaf), R$ 28.2 bilhões pelos médios produtores (Pronamp) e R$ 66 bilhões pelos demais.
As contratações de investimento tiveram desembolso de R$ 10.8 bilhões realizados pelos pequenos produtores (Pronaf), R$ 1.7 bilhões pelos médios (Pronamp) e R$ 30.3 bilhões pelos demais. As contratações para comercialização e industrialização foram realizadas, essencialmente, pelos demais produtores rurais, inclusive cooperativas agropecuárias, informou o Mapa.
Contratos
Do total dos 935.259 contratos, os produtores do Pronaf negociaram 675.000, o equivalente a R$ 30 bilhões. Os contratos do Pronamp totalizaram 119.000 ou perto de R$ 30 bilhões, e os demais 140.526 contratos (R$ 114.9 bilhões).
Fontes de recursos
Em relação às fontes de recursos do crédito rural, a participação dos recursos obrigatórios, no total das contratações, está em R$ 36.4 bilhões, e a de recursos da poupança rural controlada atingiu R$ 43.5 bilhões. Os recursos com Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) ficaram em R$ 39.8 bilhões, respondendo por 23% do crédito rural.
Ranking
A região Sul se destaca nos financiamentos do Plano Safra com R$ 61.8 bilhões, sendo aplicados preponderantemente pelos produtores gaúchos, com 46%, o equivalente a R$ 28.4 bilhões. Centro-Oeste está em segundo lugar no desempenho do crédito, com R$ 45.5 bilhões, dos quais 40% no Estado de Mato Grosso, com R$ 18.2 bilhões.