Coordenadora do programa Agrinho lança quatro livros em noite de autógrafos em Goiás

Coordenadora do programa Agrinho em Goiás, Maria Luiza Bretas recebe cerca de 200 amigos e familiares em noite de autógrafos. Foto: Larissa Melo/Faeg
Coordenadora do programa Agrinho do Senar em Goiás, Maria Luiza Bretas recebe cerca de 200 amigos e familiares em noite de autógrafos. Foto: Larissa Melo/Faeg

A professora Maria Luiza Bretas, coordenadora do programa Agrinho do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) de Goiás, lançou quatro livros em noite de autógrafos, que contou com a presença de cerca de 200 pessoas, entre amigos e familiares. O evento foi realizado em Goiânia e apresentou ao público obras que são resultado de três anos de trabalho.

Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, as publicações lançadas por Maria Luiza são provas da dedicação da autora à construção de sistemas de educação de qualidade, seja no ensino aos estudantes, seja na formação dos professores.

“São quatro livros em três anos, mesmo período em que o Agrinho de Goiás se consolidou como o maior programa de educação e responsabilidade social do Estado. Todo esse trabalho é fruto da paixão de Maria Luiza pela educação, que rende resultados muito positivos para todos nós”, elogiou o presidente.

Os livros “Leitura é fundamental”, “Lygia Bojunga em três tempos”, “Cinco diálogos sobre livro e leitura” e “Ler é preciso” são resultado das pesquisas de Maria Luiza durante seus estudos de mestrado e doutorado. Para a professora, conciliar a coordenação do Agrinho com a escrita das obras não é tão difícil quanto parece.

“Um trabalho ajuda o outro. Minhas pesquisas são justamente para incentivar a leitura e todo projeto da educação deve passar por esse processo”, avaliou.

Maria Luiza considerou ainda que a formação de leitores depende dos trabalhos desenvolvidos por professores em sala de aula, uma vez que faltam políticas públicas de incentivo à leitura no Brasil.

“Temos vários problemas que dificultam o acesso ao livro no País. Um deles é que temos pouquíssimas bibliotecas e livrarias. Outro, é o preço das obras, inacessível para muitas pessoas. Por fim, o Brasil infelizmente ainda não é um país onde as pessoas têm o hábito de leitura”, esclareceu.

O superintendente do Senar Goiás, Eurípedes Bassamurfo, também compareceu ao evento, acompanhado de colaboradores da Casa.

Os livros podem ser adquiridos por meio de contado com a autora pelo e-mail mluizabretas@gmail.com.

 

Confira ficha técnica das obras:

Obra: Ler é preciso – Políticas de fomento à leitura. Perspectivas e desafios

Editora: Canone

Resumo: O título deste livro evoca uma célebre frase de Pompeu, “Navegar é preciso, viver não é preciso”, usada por Fernando Pessoa, em 1914, e, mais de meio século depois, no Brasil, numa canção de Caetano Veloso. Enquanto o general romano falava de enfrentar uma tempestade no mar para levar trigo até Roma, sitiada por uma rebelião, Pessoa reflete sobre a condição humana, dialogando com a tradição marítima portuguesa. Caetano vai além, transpondo as vivências do navegante para um plano mais afetivo e simbólico. Em Pompeu, Pessoa e Caetano, diversas são as motivações para navegar, mas a necessidade parece ser a mesma, premente, inelutável.

Também a leitura é uma necessidade premente, ainda que possa ter diferentes motivações. Ler é preciso, em todas as suas modalidades: ler os gestos, as faces, as vozes, as intenções, os subentendidos. E ler a palavra informativa e, sobretudo, a palavra literária. Ler é preciso desde a mais tenra idade, quando, juntamente com o corpo em crescimento, vai sendo formada a bagagem cultural do leitor e, com ela, o seu gosto estético.

Os benefícios da leitura são muitos, e o poder público precisa fazer sua parte por meio de políticas de fomento à leitura. É sobre este tema que Maria Luiza Bretas discorre neste livro, de grande interesse para gestores e profissionais da área.

 

Obra: Leitura é fundamental – Desafios na formação de jovens leitores

Editora: RHJ

Resumo: O livro é um convite o professor que faz da sala de aula uma extensão de suas convicções e princípios em prol da formação leitora de seus alunos. Compartilha ideias, experiências de leituras, buscando uma maneira de colaborar para o planejamento diário de quem escolheu o exercício da docência. Discute concepções de leitura e o poder que dela emana; aborda questões como o tempo para ler e os desafios que a escola enfrenta na formação de novos leitores, além de auxiliar na tarefa de construir novas perspectivas, em diferentes contextos, para melhorar os índices atuais de leitura de nossas crianças e jovens.

 

Obra: Cinco diálogos sobre o livro e a leitura – Entrevistas com especialistas franceses

Editora: Cânone

Resumo: A leitura é reconhecidamente um poderoso instrumento de acesso ao saber e também de conquista da cidadania. Os países interessados em promover a educação de seu povo investem na leitura e nas bibliotecas. A França, com os melhores indicadores nesse aspecto, é um desses países, e lá se encontram os mais renomados especialistas em leitura. No desenvolvimento de seus estudos na França, a autora visitou bibliotecas, conheceu as formas de atualização e ampliação dos acervos, inteirou-se sobre programas de formação do leitor, conheceu experiências práticas de formação de mediadores atuando em diferentes locais e em variados tipos de bibliotecas. Por fim, selecionou especialistas, cujas entrevistas, reunidas neste livro, revelam com clareza que, para se chegar a um patamar semelhante de desenvolvimento cultural, são necessárias mudanças profundas nas nossas políticas relacionadas ao livro e à leitura. Ou seja, são necessárias políticas de leitura consistentes, que tenham continuidade e que estejam voltadas a todas as camadas da população. Sem mudanças dessa envergadura e sem a mobilização da sociedade, é difícil mudar de modo significativo a situação da leitura no Brasil.

 

Obra: Lygia Bojunga em três tempos – o processo de criação ficcional

Editora: Cânone

Resumo: Lygia Bojunga deu visibilidade à nossa literatura infantojuvenil, em 1982, quando conquistou a medalha Hans Christian Andersen, considerado o Nobel dessa categoria. Leitora de Lobato desde a infância, ela tem, como ele, domínio da linguagem coloquial, o olhar crítico sobre a realidade e o trânsito fácil para a fantasia. Além disso, a autora é mestra no uso de imagens simbólicas, o que dá a seus textos uma profundidade que garante sua permanência no tempo e que estende seu apelo a leitores de qualquer idade. Estas características são destrinchadas neste livro, em que Maria Luiza Bretas ressalta outra peculiaridade da autora: seus personagens vão progressivamente amadurecendo de livro a livro, no mesmo compasso das tramas e temas, que também vão se tornando cada vez mais complexos. As obras editadas de 1972 a 1999 são agrupadas pela autora em “tempos”: tempo da fantasia, da angústia, da memória. Essa abordagem abre uma nova forma de ler a obra de Lygia Bojunga evidenciando seus meandros de significados e elucidando ainda mais sua qualidade estética.

Fonte: Faeg

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