As exportações das cooperativas agropecuárias brasileiras recuaram 4,3% de janeiro a agosto deste ano em relação ao mesmo período de 2015 e somaram US$ 3.6 bilhões. Em volume, as vendas totalizaram 7.1 milhões de toneladas no período, uma alta de 9,1% em igual comparação.
De acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Secex/MDIC), 140 cooperativas do segmento agropecuário exportaram nos primeiros oito meses deste ano.
Já as importações das cooperativas cresceram 45% na mesma comparação, para US$ 292 milhões, reflexo do real mais valorizado em relação ao dólar. Com isso, o superávit da Balança Comercial das cooperativas atingiu US$ 3.3 bilhões, 7% inferior ao observado no mesmo intervalo do ano passado.
Entre os produtos mais exportados pelas cooperativas de janeiro a agosto, os cortes e os miúdos de frango seguiram na liderança, com receita de US$ 635.8 milhões, 1,6% mais que em igual período de 2015.
Em seguida, veio a soja em grão. O faturamento com as vendas externas do produto alcançou US$ 531.5 milhões, alta de 5,7% frente a igual período de 2015. Logo após, vieram o açúcar, cujas exportações recuaram 10,4% para US$ 467 milhões, e o café em grão, que teve receita de US$ 398.8 milhões, 40% menos que em igual período um ano antes.
A China mais uma vez figurou como o principal destino para as vendas externas das cooperativas agrícolas. De janeiro a agosto de 2016, os embarques desses grupos para o país asiático somaram US$ 835.6 milhões, 22,7% a mais que o total alcançado no mesmo período de 2015.
O segundo país que mais importou das cooperativas brasileiras foram os Estados Unidos – os embarques ao país somaram US$ 271.4 milhões, queda de 14% no mesmo intervalo de comparação. Em terceiro, a Alemanha importou US$ 246 milhões das cooperativas.
As cooperativas brasileiras que mais exportaram nos primeiros oito meses deste ano foram a paranaense Coamo, a paulista Coopersucar, a catarinense Aurora e a mineira Cooxupé.
Quando se consideram os resultados das vendas de cooperativas ao exterior apenas em agosto, as receitas alcançaram US$ 530.1 milhões, uma queda de 20% em relação ao mesmo mês de 2015. Já as importações atingiram US$ 29.5 milhões, um 70% mais que em igual período do ano passado. E como resultado, o saldo comercial no oitavo mês deste ano cresceu 18% para US$ 500.6 milhões.
Fonte: Valor Econômico