Desde a criação da linha de crédito do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) no Plano Agrícola e Pecuário 2010/11, já foram realizados mais de 14 mil contratos, totalizando R$ 4,46 bilhões dos financiamentos firmados. Em três anos, houve um crescimento de 507% na aquisição de empréstimo pelos produtores para adoção de tecnologias para recuperação de pastagens degradadas, integração lavoura-pecuária-floresta, plantio direto, florestas plantadas, entre outros.
Na temporada 2010/11 foram contratados R$ 418 milhões, enquanto até abril deste ano, esse valor alcançou R$ 2,54 bilhões. “Esse é um indicativo de que as tecnologias utilizadas para redução da emissão de gases do efeito estufa estão sendo cada vez mais empregadas no campo”, disse o secretário de Desenvolvimento e Cooperativismo do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, Caio Rocha.
O programa de crédito tem sido difundido no país por intermédio dos Grupos Gestores Estaduais (GGEs) do Plano ABC, que já foi implantado nos 26 estados da federação e no Distrito Federal. O último a ser formado foi o GGE do Acre, no dia 22 de maio deste ano. Já foram capacitadas mais de 8,9 mil pessoas, sendo que 70% são profissionais das áreas técnicas.
De acordo com Caio Rocha, um grande esforço vem sendo realizado para divulgação e incentivo à adoção de uma agricultura mais sustentável, o que consequentemente acarretará na redução das emissões de CO2. “Tendo por base a dinâmica do Plano ABC, que a cada ano safra observa o crescimento do número de projetos contratados, será possível cumprir o compromisso assumido pelo governo brasileiro na COP-15”, salientou.
Durante a Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-15), realizada em 2009, na cidade de Copenhagen, na Dinamarca, o Governo brasileiro assumiu voluntariamente o compromisso de reduzir as suas emissões de Gases de Efeito Estufa entre 36,1% e 38,9% até 2020.