Consultores internacionais estimam alta nos índices de produtividade de soja e milho

O Meio-Oeste americano continua sendo favorecido por excelentes condições climáticas para o desenvolvimento da safra 2016/17 de grãos e os reflexos, além do recuo dos preços da soja e do milho na Bolsa de Chicago, vêm também com a revisão de consultorias privadas em suas estimativas para a produção norte-americana. Em seu último relatório de acompanhamento de safras, o USDA aumentou o percentual de lavouras de soja em boas ou excelentes condições de 71% para 72%.

Nesse cenário, o consultor Michael Cordonnier atualizou sua estimativa, elevando a produtividade da soja e do milho. Os níveis adequados de umidade do solo e mais chuvas indicadas nas últimas previsões climáticas permitiram, segundo o especialista, essa revisão.

Cordonnier estima o rendimento das lavouras de milho dos EUA em 178,87 sacas por hectare, contra sua estimativa anterior de 177,8 sacas por hectare. Para a soja, o número subiu de 52,95 para 53,52 sacas por hectare. Os números da consultoria internacional INTL FCStone são ainda maiores, com uma produtividade esperada de 185,22 sacas por hectare para o milho e de 55,35 sacas/ha para a soja.

Apesar dessas boas perspectivas, Cordonnier chama atenção ainda para a conclusão da safra de milho. Depois de chuvas benéficas na primeira semana de agosto, o consultor afirma que a safra americana está a apenas uma ou duas chuvas a mais para começar a ter problemas potenciais com a umidade.

“No coração do Corn Belt é difícil identificar problemas significativos, eles são mais possíveis de acontecer nas áreas periféricas, em estados como Ohio, sudeste de Michigan e oeste de Indiana. Há algumas preocupações ainda como partes da Dakota do Sul, Kansas e áreas do Nebraska, além dos estados mais ao sul. Em outras palavras, a safra de milho está indo muito bem e, até este ponto, é difícil identificar problemas que preocupem”, disse Cordonnier.

Para a soja, o consultor alerta para a chegada do mês mais importante para a cultura da soja nos Estados Unidos, agosto, e a necessidade de boas condições de clima para a fase do enchimento de grãos. “Eu acredito que as desvantagens que esta safra poderia sofrer já foram quase todas minimizadas. O tempo teria que dar uma virada de 180 graus, começando imediatamente um padrão bem mais quente e seco para gerar algum impacto negativo para a produção. As altas temperaturas atuais não trazem prejuízos dado os bons níveis de umidade do solo”, disse.

O consultor estima ainda que, com essas produtividades e com uma área de 35.01 milhões de hectares para o milho e 33.59 milhões para a soja, a produção do milho seja de 371.1 milhões de toneladas e a da soja de 106.4 milhões de toneladas.

Os últimos números do USDA, divulgados no boletim de julho, indicam os rendimentos de 177,8 sacas por hectare para o milho e 52,95 sacas por hectare para soja, com as safras chegando a 369.34 milhões e 105.6 milhões de toneladas, respectivamente. O novo boletim mensal de oferta e demanda será divulgado no dia 12 de agosto.

 
Fonte: Notícias Agrícolas

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp