Conselho Nacional do Café: balanço semanal – 8 a 12 de maio de 2017

Banco Ativo de Germoplasma do IAC

Na terça-feira (9), o presidente executivo do Conselho Nacional do Café (CNC), deputado Silas Brasileiro, recebeu o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, deputado Arnaldo Jardim. O encontro, ocorrido em Brasília (DF), deu prosseguimento aos debates sobre a preservação das variedades de café do Banco Ativo de Germoplasma (BAG) de Cafeeiro do Instituto Agronômico (IAC). A matéria está sendo conduzida pelo coordenador do CNC, Maurício Miarelli.

Desde 2015, diante das dificuldades enfrentadas pela instituição, o CNC participou de diversas reuniões com representantes das entidades da cadeia produtiva, entre eles, o diretor do Centro de Café do IAC, Gerson Giomo, e o staff da Secretaria de Agricultura de São Paulo. O Conselho expôs a importância do BAG do IAC – o maior e mais representativo do Brasil, que possui plantas únicas e raras, as quais precisam ser preservadas para garantir a inovação tecnológica e a competitividade futura da cafeicultura nacional.

Mediante os trabalhos realizados pelo Conselho Nacional do Café, e demonstrando ciência sobre a importância do BAG do IAC, o secretário Arnaldo Jardim citou que realizará esforços no sentido de que sejam preservadas as raras e únicas espécies do principal banco de germoplasma do país.

Ainda durante o encontro, o titular da Secretaria de Agricultura paulista agraciou o CNC com um convite para participar do “Sabor da Colheita 2017” – ato simbólico que irá ocorrer no dia 24 de maio, no Instituto Biológico, e que marca o início da colheita do café no Estado de São Paulo.

Reuniões itinerantes

Na semana passada, o CNC realizou uma série de reuniões itinerantes na sede de algumas de suas cooperativas associadas. O objetivo é debater trabalhos que visem a fortalecer uma ação conjunta para validar propostas de projetos e identificar desafios e potencialidades regionais que possam dar apoio a iniciativas na política cafeeira. Os primeiros encaminhamentos se referem ao Fórum Mundial dos Produtores de Café e ao Dia Mundial do Café.

A respeito do evento que ocorrerá de 10 a 12 de julho, em Medellín, na Colômbia, as cooperativas associadas apoiaram a construção participativa de um documento com a posição do Brasil para apresentação no fórum pelo presidente Silas Brasileiro. Este documento deverá promover a sustentabilidade social e ambiental da cafeicultura brasileira e apresentar críticas à transferência para a produção de todos os custos da sustentabilidade.

O tema do Dia Mundial do Café, em 1º de outubro deste ano, será “Coffee for you and me”. A ideia é valorizar a característica que o produto tem de agregar pessoas. Desde a criação dessa data pela Organização Internacional do Café (OIC), em 2015, o Brasil esteve ausente das comemorações. Frente a isso, as cooperativas associadas irão avaliar a possibilidade de realizar eventos com o tema sugerido pela OIC, e o CNC coordenará a divulgação, bem como reportará ao organismo as atividades comemorativas desenvolvidas no Brasil.

Mercado

Sem novidades nos fundamentos, os contratos futuros do café apresentaram movimento lateral nesta semana, acumulando queda até o fechamento de ontem. As atenções estão voltadas para as condições climáticas e seu impacto no desenvolvimento da safra brasileira.

O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) informou que os produtores de arábica da Zona da Mata e do Sul de Minas Gerais já iniciaram as atividades de colheita, limitadas à copa dos cafezais e em locais onde os grãos já adquiriram maior grau de maturação. Ainda segundo a instituição, a colheita do robusta segue em ritmo normal e a expectativa é de que os maiores volumes desta safra cheguem ao mercado no final mês.

No Brasil, o dólar comercial foi cotado ontem a R$ 3,1437, em queda de 1,0% em relação ao fechamento da semana anterior. O movimento do câmbio seguiu a tendência internacional, onde a alta do petróleo pressionou a moeda norte-americana.

Na ICE Futures US, o vencimento julho do Contrato C foi cotado, na quinta-feira (11), a US$ 1,3425/libra-peso, em queda de 145 pontos em relação ao fechamento da semana passada. O vencimento julho do contrato futuro do robusta, negociado na ICE Futures Europe, encerrou o pregão de ontem cotado a US$ 1.984,00/tonelada, acumulando queda de US$ 18,00 na comparação com a última sexta-feira.

A Organização Internacional do Café (OIC) avaliou que a queda das cotações do grão observadas no último mês foi influenciada por movimentos especulativos, já que “fundos de cobertura venderam posições longas acumuladas nos últimos meses”.

Em relação ao mercado físico nacional, o Cepea informou que as indústrias de torrefação voltaram a adquirir grãos de robusta e arábica de qualidade intermediária. A demanda está mais aquecida pelo arábica tipo 7 (bebida rio) remanescente da safra 2016/17, devido ao preço e à oferta ainda limitada de robusta. Já as negociações do arábica tipo 6 (bebida dura para melhor) têm sido pontuais, em momentos de valorização do mercado internacional.

Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e conilon foram cotados, ontem, a R$ 454,18/saca e a R$ 406,22/saca, respectivamente, com variações de -1,1% e 1,8%, em relação ao fechamento da semana anterior.

 

Fonte: CNC

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