Você já ouviu falar em seguros paramétrico? A modalidade permite que as empresas possam ter maior previsibilidade dos resultados e se tornarem mais competitivas, segundo certos parâmetros estabelecidos previamente. A modalidade passa a ganhar espaço no agronegócio brasileiro.
No caso desta atividade o segurado poderá ser ressarcido caso não tenha sido alcançado índices meteorológicos estabelecidos no contrato, como quantidade de chuva, velocidade do vento ou milímetros de chuva, entre outros. A insuficiência de chuva em um período de crescimento do milho, por exemplo, pode impactar de forma negativa a qualidade do produto a ser comercializado. Neste caso, com o seguro paramétrico, o segurado poderá ser ressarcido em razão do potencial dano à produção.
O seguro paramétrico rural, também chamado de seguro de índice, é diferente do seguro rural convencional. Não é preciso que a lavoura tenha um dano físico de fato, causado pelo clima, por exemplo. A expectativa do governo federal brasileiro é incentivar esta modalidade para diminuir os custos aos produtores.
O seguro tradicional se baseia na indenização de perdas após a ocorrência do sinistro, o que aumenta os custos, já que avaliadores ou peritos devem ser enviados ao local, bem como a coleta de informações, documentação, avaliação de perdas e compensação, o pode levar semanas ou meses.
Alguns países já usam a modalidade paramétrica como México, por cafeicultores da Colômbia, nos Estados Unidos em vários países da Europa. Na semana passada o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), do Ministério da Agricultura, firmou um acordo de cooperação com a empresa Newe Seguros, que prevê o uso de informações do Sistema de Informação Meteorológica (SIM Inmet) no cálculo dos contratos firmados entre as empresas seguradoras e os produtores rurais.
Para o Diretor do Inmet, Miguel Ivan Lacerda de Oliveira, o trabalho em conjunto é o primeiro passo para fomentar o mercado de seguros de índices paramétricos a partir de dados do Sistema de Informação Meteorológica (SIM Inmet). “Essa parceria vai possibilitar a implementação de uma ação estratégica para o Inmet, que é a mitigação dos riscos climáticos para o produtor brasileiro, seja no campo ou nas cidades. O produtor e o empreendedor poderão usar esse novo instrumento”, disse.
Segundo o assessor do Inmet, Paulo Costa, outras empresas de seguro já apresentaram interesse em participar da construção desse modelo. “Estamos disponíveis a todas as empresas de seguro que desejam ingressar no mercado de índices paramétricos. Tivemos uma grande procura pelas seguradoras”, disse.
Fonte: Agrolink
Equipe SNA