Conheça as superfrutas da Mata Atlântica que pesquisadores tentam salvar da extinção

Araçá-piranga, cereja-do-rio-grande e grumixama são algumas superfrutas encontradas na Mata Altântica. As mais famosas foram identificadas na reportagem especial “O poderoso diferencial das superfrutas”, na edição 715/2016 da Revista A Lavoura. Fotos: Divulgação

Se você já bebeu um suco de ubajaí, degustou um araçá-piranga ou já provou uma cereja-do-rio-grande, parabéns. É um dos felizardos que conhece essas frutas raras da Mata Atlântica, com efeitos tão positivos para a saúde que cientistas brasileiros apostam nelas como candidatas a novas superfrutas da moda.

Pesquisas feitas em parceria pela Unicamp e pela USP, determinaram que cinco espécies nativas do Brasil são ricas em antioxidantes e têm alta eficiência anti-inflamatória no organismo – comparável à de estrelas do mercado de alimentos saudáveis, como o açaí e as frutas vermelhas tradicionais (morango, mirtilo, amora e framboesa).

Para conseguir estudar o araçá-piranga (E. leitonii), a cereja-do-rio-grande (E. involucrata), a grumixama (E. brasiliensis), o ubajaí (E. myrcianthes) e o bacupari-mirim (Garcinia brasiliensis), os pesquisadores precisaram da da ajuda de colecionadores de frutas do interior de São Paulo, já que elas são tão pouco conhecidas e consumidas que, em alguns casos, estão ameaçadas de extinção.

Um deles é o frutólogo Helton Josué Muniz, que cultiva quase 1,4 mil espécies de frutas raras e exóticas em sua fazenda em Campina do Monte Alegre, à oeste da capital paulista.

“Queríamos trabalhar com frutas nativas e foi uma dificuldade encontrar onde elas estavam plantadas”, disse à BBC Brasil Severino Matiasde Alencar, do Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição da Escola Superior de Agricultura (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP), um dos autores do estudo.

“Hoje, o mercado para este tipo de superalimentos é o que mais cresce no mundo, principalmente o americano. E os pesquisadores de lá ficam assustados quando veem que a gente tem uma grande biodiversidade de frutas que poderíamos apresentar ao mundo e ainda não apresentamos.”

Uma análise das folhas, das sementes e dos frutos destas cinco espécies – que ocorrem em toda a Mata Atlântica, mas têm sido mais encontradas no Sudeste e no Sul – mostrou que elas podem ser consideradas alimentos funcionais, também conhecidos como superalimentos.

Além de altos teores de substâncias antioxidantes, elas também possuem ação anti-inflamatória no organismo.

“Os alimentos funcionais são aqueles que, além da função nutritiva, podem ajudar a prevenir doenças crônicas, como problemas do coração, diabetes e câncer”, disse à BBC Brasil Pedro Rosalen, da Faculdade de Odontologia da Unicamp em Piracicaba, também autor do estudo.

Estudos sobre as espécies, financiados pela Fapesp, já foram publicados nas revistas científicas Plos One e Journal of Functional Foods.

Para continuar lendo a reportagem completa da BBC Brasil, acesse o link (encurtado): ow.ly/frt130gzUec.

EDIÇÃO ESPECIAL D’A LAVOURA SOBRE SUPERFRUTAS

Na edição nº 715/2016, a Revista A Lavoura, veiculada há 120 anos pela Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), traz como destaque especial o poder das superfrutas, com reportagens recheadas de notícias boas para quem é adepto da superalimentação. O acesso é gratuito!

 

As três últimas edições da revista não são veiculadas online. É uma forma de A Lavoura privilegiar nossos assinantes. Portanto, para assinar nossa publicação e recebê-la com exclusividade no conforto de sua casa, envie um e-mail para assinealavoura@sna.agr.br.

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp