Mercado em maio
Apesar da forte desvalorização do suíno vivo e dos produtos de origem suinícola na segunda metade de maio, as altas da primeira quinzena garantiram avanço na média mensal. Além do típico incremento da demanda em início de mês (recebimento de salários), o impulso foi reforçado pela semana do Dia das Mães, quando normalmente as vendas de carne suína aumentam.
Preços e exportações
Após registrarem recorde para um mês de abril e o melhor desempenho mensal deste ano, as exportações de carne suína (considerando-se produtos in natura e processados) recuaram em maio. Ressalta-se, contudo, que, como a média diária de escoamento de maio foi praticamente a mesma da registrada em abril, de 4,4 mil toneladas, a queda na comparação mensal dos embarques se deve ao menor número de dias úteis do último mês (21 dias) contra 22 dias do anterior, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), analisados pelo Cepea. Isso evidencia que os envios externos da proteína seguem em ritmo intenso.
Relação de troca e insumos
Apesar da alta nos preços do animal vivo, o poder de compra de suinocultores paulistas caiu frente ao farelo de soja em maio, pelo segundo mês consecutivo, devido à forte valorização da oleaginosa. Já em relação ao milho, que se desvalorizou no período, o poder de compra do produtor aumentou. Na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o preço do suíno subiu 3,3% entre abril e maio, com a média passando para R$ 6,77/kg
Carnes concorrentes
Em maio, a competitividade da carne suína caiu frente às principais substitutas, no atacado da Grande São Paulo. Isso porque, apesar das altas nos preços da carne bovina em relação a abril, a proteína suinícola se valorizou em maior intensidade; além disso, as cotações da carne de frango recuaram no mesmo período.