O Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro) calculado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) registrou alta de 6,7 pontos no terceiro trimestre deste ano na comparação com o segundo e alcançou 99,1 pontos. A escala vai de zero a 200, e 100 é o ponto neutro. O resultado é dimensionado a partir de 1.500 entrevistas (645 válidas) com agricultores e pecuaristas de todo o país. Cerca de 50 indústrias também são ouvidas.
Apesar do avanço, o resultado ainda é o segundo mais baixo desde o primeiro trimestre do ano passado. Mas a Fiesp e a OCB destacam que houve uma recuperação da confiança em todos os segmentos pesquisados, no campo e entre as agroindústrias. Segundo as entidades, a disponibilidade de crédito foi um dos aspectos que contribuíram para melhorar os resultados em geral, mas a tendência de queda de produtividade em algumas das principais lavouras cultivadas no país preocupa os agricultores.
Em comunicado divulgado ontem, Antonio Carlos Costa, gerente do Departamento do Agronegócio (Deagro) da Fiesp, destaca que pesou positivamente para a melhora do humor da indústria de insumos o aumento das vendas de fertilizantes e defensivos no período que antecedeu o início da semeadura de grãos da safra 2017/18, em setembro.
Márcio Freitas, presidente da OCB, realçou o crescimento da confiança dos pecuaristas, que estavam bastante pessimistas no segundo trimestre do ano, sobretudo em virtude dos reflexos da operação Carne Fraca. A ação foi deflagrada no dia 17 de março pela Polícia Federal, com foco em casos de corrupção entre fiscais agropecuários e funcionários de frigoríficos, e afetou as exportações por ter gerado uma série de embargos temporários às carnes brasileiras em diversos países.
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Fonte: Valor