Conab: safra de grãos supera pandemia e mantém alta produção de 251.8 milhões de toneladas

A pandemia de Covid-19 enfrentada pelo mundo não afetou o andamento da safra brasileira. Os agricultores seguem as atividades dentro da normalidade, com adoção dos cuidados recomendados pelo Ministério da Saúde e a Organização Mundial de Saúde (OMS), além de continuar com os tratos culturais, como adubação e aplicação de defensivos no período recomendado.

Com isso, a estimativa brasileira da produção de grãos passou de 251.9 milhões de toneladas para 251.8 milhões de toneladas. A queda total foi de cerca de 100.000 toneladas, mantendo ainda níveis recordes de colheita, conforme indica o sétimo levantamento da safra divulgado nesta quinta-feira (9/4) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Este volume deve ser registrado em uma área total cultivada de 65.1 milhões de hectares. A soja e o milho são os produtos que impulsionam o bom resultado. A oleaginosa deve apresentar uma produção de 122.1 milhões de toneladas.

O maior desempenho já registrado da cultura acontece mesmo com os problemas climáticos ocorridos no Sul do País, sobretudo no Rio Grande do Sul. Nas demais regiões, o clima favoreceu e, aliado ao crescimento na área de 2,70% em relação à última temporada, a soja segue como um dos principais produtos da safra.

Outro grão de destaque, o milho deve apresentar uma colheita de 101.9 milhões de toneladas. A maior parte deste volume é esperada na segunda safra do cereal, quando se estima uma produção de 75.4 milhões de toneladas. A área tende a aumentar 4,50% comparada com a safra anterior e pode atingir 13.5 milhões de hectares.

Vale destacar, ainda, que o plantio do grão continua em estágio avançado. Mato Grosso, principal estado produtor, já finalizou a semeadura do milho, junto a Goiás, Tocantins e Maranhão. Paraná, Mato Grosso do Sul e Piauí têm mais de 90% da área semeada.

Além de milho e soja, algodão, arroz, feijão e sorgo devem registrar incremento na produção, o que influencia positivamente no número final da safra brasileira.

No caso do arroz, este aumento acompanha uma queda de plantio do grão em área sequeira. Mas este movimento é seguido também da maior proporção do cultivo da cultura em áreas irrigadas, que geram maiores produtividades. Aliado a isso, o contínuo investimento do rizicultor em tecnologias permite a manutenção da produção, ajustada ao consumo nacional.

O algodão também deve apresentar a maior produção já registrada na série histórica, com a colheita estimada em 2.88 milhões de toneladas da pluma do grão, influenciada pelos grandes investimentos no setor e pela expansão de área cultivada, e também pelas boas condições climáticas nas principais regiões produtoras.

Acesse aqui os números completos do sétimo levantamento da safra 2019/20, publicado no portal da Conab.

 

Fonte: Conab

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