A Conab aumentou em 1,1% sua estimativa para a safra 2017/18, atingindo um volume de 227,95 milhões de toneladas. Após uma produção excepcional, os técnicos da entidade avaliam que este resultado, apesar de ser 4,1% menor que o do período 16/17, expresse o comportamento normal de safras anteriores.
De acordo com o 4º Acompanhamento da Safra Brasileira de Grãos, divulgado na quinta-feira, 11 de janeiro, soja e milho permanecem como as principais culturas do país. A produção da soja está estimada em 110,4 milhões de toneladas, enquanto a do milho deverá alcançar 92,3 milhões de toneladas, distribuídas entre primeira e segunda safras. Estima-se que a primeira safra de milho seja 17,3% menor em relação à safra 2016/17 e deva alcançar 25 milhões de toneladas.
Mas, apesar da supersafra, algumas culturas ainda devem apresentar expansão. Este é o caso do algodão em pluma, estimada em 1,7 milhão de toneladas, aumento de 11,4% em relação à safra passada.
Quando analisadas as áreas plantadas, as estimativas indicam incremento de 1,1% para o plantio da safra 2017/18, atingindo 61,5 milhões de hectares. Culturas com maior rentabilidade e liquidez, como soja e algodão, são as responsáveis pelo aumento na área.
Soja
Carro-chefe das exportações do agronegócio brasileiro, a produtividade média nacional do grão esteve entre 2.629 e 3.115 kg por hectare nos últimos dez anos. “A estimativa do rendimento para a safra 2017/18 está de acordo com o pacote tecnológico utilizado e com o rendimento médio comentado e, se confirmada, será a segunda melhor produtividade do país”, afirma o levantamento.
Observando a estimativa de produtividade dos principais estados produtores, percebe-se que todos estão próximos ou acima da média nacional, resultado da estabilidade de produção da cultura.
A expectativa é de que a produção nacional de soja 17/18 seja de 110,4 milhões de toneladas, volume 3,2% inferior ao registrado na safra anterior.
A Conab estima que haverá aumento de 2% da área plantada, resultado da grande liquidez do grão e da expectativa de maior rentabilidade em relação a outras culturas.
Por conta desta expansão de área, a entidade verificou incremento nos valores aportados no crédito rural. “Os dados nos indicam o aumento no uso do crédito em 2017 para a cultura da soja. Deve-se ressaltar que o valor é o maior na série em análise. O incremento é de aproximadamente 12,78% em relação ao ano passado”, afirmam os técnicos da Conab.
Equipe SNA/Rio