Conab reduz estimativa de safra de café 2013 para 47,5 milhões de sacas

O governo federal reduziu em 1 milhão de sacas sua estimativa para a produção de café no Brasil este ano, por conta de uma perda de produtividade nas lavouras da variedade robusta do Espírito Santo.

A safra de café do país em 2013 foi estimada nesta segunda-feira em 47,54 milhões de sacas de 60 kg pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), contra uma projeção de 48,59 milhões de sacas divulgada em maio.

A projeção para o robusta –variedade de menor valor agregado, utilizada principalmente na produção de cafés solúveis–, é de uma colheita em 2013 de 10,88 milhões de sacas, forte redução ante a estimativa anterior, de 12,18 milhões.

A redução na estimativa do robusta ocorreu principalmente por uma queda da produtividade, para 29 sacas por hectare ante 32,7 sacas na estimativa de maio para o Espírito Santo –principal Estado produtor da variedade.

“A safra de conillon (robusta) foi afetada pela seca prolongada”, explicou o analista Gil Barabach, da consultoria Safras & Mercado.

A produção de arábica, principal variedade colhida no Brasil, maior produtor global da commodity, deve ser de 36,66 milhões de sacas, pequena alta ente as 36,41 milhões de sacas da estimativa de maio.

“Qualidade é o problema do arábica”, disse Barabach, citando maior proporção de grãos de baixa qualidade.

Produtores de Minas Gerais dizem que a qualidade da safra de arábica foi afetada pelo padrão de chuvas de 2013.

ANO DE BAIXA, MAS RECORDE 

A safra 2013 deverá ser recorde para um ano de baixa no ciclo bianual de produtividade dos cafezais brasileiros.

Em 2011, último ano de baixa produtividade, a safra brasileira de café havia sido de 43,48 milhões de sacas, segundo a Conab.

Em relação à safra 2012, de alta produtividade, haverá uma queda de 6,5 por cento na produção.

Segundo a Conab, “chuvas bastante irregular aliado às altas temperaturas” também ajudaram a reduzir a produção em 2013 ante 2012.

A entidade observou, no entanto, que nas últimas safras a diferença entre os ciclos de alta e de baixa está se reduzindo.

“Este fato se deve a maior utilização da mecanização, aliada às inovações tecnológicas, às exigências do mercado, à qualidade do produto e à boa gestão da atividade”, disse a Conab, em relatório.

Fonte: Reuters 

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