O 5º Levantamento da Safra de Grãos 2020/21, divulgado nesta quinta-feira pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), aponta um crescimento na produção total esperada, devendo alcançar 268.3 milhões de toneladas, ou 4,40% (11.4 milhões de toneladas) superior ao obtido em 2019/20.
Em comparação com o levantamento anterior, o relatório indica que houve um aumento de 3.5 milhões de toneladas, o que é sustentado pelo crescimento de 4,40% na área de plantio do milho segunda safra. Essa cultura ainda está em semeadura.
Com relação à área total plantada, estimada em 67.7 milhões de hectares, representa um crescimento de 2,70% em relação à safra anterior.
Realizada na última semana de janeiro, a pesquisa mostra que neste momento está em andamento a colheita das lavouras de primeira safra. É um período em que a maioria dessas áreas serão utilizadas para o posterior plantio das culturas de segunda e terceira safras.
Milho e soja
Com relação ao milho primeira safra, houve uma redução de 0,80% na área cultivada. A produção estimada é de 23.6 milhões de toneladas. Somando-se a segunda e a terceira safras, a produção total poderá atingir 105.5 milhões de toneladas, 2,90% superior à obtida em 2019/20.
A soja vem mantendo a tendência de crescimento na área cultivada. Nesta safra, a estimativa aponta para uma área de 38.3 milhões de hectares, com aumento de 3,60% em relação ao ciclo passado e uma produção de 133.8 milhões de toneladas.
Feijão e arroz
O feijão mostra um crescimento na primeira safra de 0,60% na área e produção estimada em 1 milhão de toneladas. Quando somadas as três safras, este número de produção passa para 3.2 milhões de toneladas.
Enquanto isso, a safra de arroz deverá sofrer uma redução de 2,30% na área cultivada, totalizando 1.7 milhão de hectares e 10.9 milhões de toneladas na produção.
Outras culturas
Finalmente, com relação às demais culturas, o algodão mostra uma concentração do plantio em janeiro, e previsão de queda de 13,10% na área e 16% na produção.
O amendoim primeira safra terá crescimento de 3% na área e 560.500 toneladas de produção estimada. Já o trigo tem o seu início de plantio a partir de março, com perspectivas de crescimento de 2,10% na área semeada e de 6.4 milhões de toneladas de produção.
Exportações
Em relação ao milho, o cereal finalizou o ano-safra em janeiro de 2021 com exportações em 34.8 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 14,90% em relação ao último ano, mantida a estimativa de exportações em 35 milhões de toneladas até o final de janeiro de 2022.
No mês atual, os embarques alcançaram 2.5 milhões de toneladas, 22% a mais que no mesmo período do ano passado.
Já a soja tem venda estimada para o mercado externo de 85.6 milhões de toneladas para este ano. Em janeiro, o ritmo de exportações foi lento devido à pouca quantidade de safra colhida da cultura, mas caso se confirme a expectativa para o ano, o volume será recorde da série histórica, com aumento de 3,12%.
Para o algodão, as exportações continuaram em ritmo acelerado se comparado com a média histórica em janeiro, porém, com queda de 11,34% em relação a janeiro/2020.
No caso do arroz, o destaque segue para as importações, que fecharam o primeiro mês do ano em 131.100 toneladas, contra 59.600 toneladas no mesmo período em 2019.
Fonte: Conab
Equipe SNA
