A produção brasileira de grãos na safra 2021/22, em fase inicial de plantio, deve registrar um recorde de 288.61 milhões de toneladas, o que corresponde a um aumento de 14,20% em comparação com a safra anterior 2020/21 (252.7 milhões de toneladas), ou 35.87 milhões de toneladas a mais. As informações estão no 1º Levantamento da Safra Grãos 2021/22 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quinta-feira.
Para a nova safra 2021/22, a estimativa da área a ser plantada no País é de 71.5 milhões de hectares, uma previsão de aumento de 3,60% em relação ao registrado em 2020/21. Segundo a Conab, esse crescimento é impulsionado principalmente pelas culturas de soja e milho 2ª safra.
A soja continua como o grande destaque dentre as culturas. A oleaginosa apresenta tendência de aumento tanto de área cultivada como de produção. Segundo os dados levantados pela Companhia, a área a ser plantada tende a passar de 38.9 milhões de hectares para 39.91 milhões de hectares, um ligeiro aumento de 2,50%.
Segundo os dados da Conab, o plantio já teve início nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Paraná. As atividades estão em ritmo mais acelerado em comparação com o mesmo período do ano passado. A expectativa é que a produção atinja 140.75 milhões de toneladas, com aumento de 2,50% em relação a 2020/21 (137.3 milhões de toneladas), o que mantém o País como o maior produtor mundial do grão.
Milho
Já para o milho, a tendência é de recuperação nas produtividades, segundo a Conab. Além disso, os preços elevados do cereal no mercado incentivam o plantio pelos produtores. Apenas para a primeira safra do cereal, espera-se um aumento de 1,60% na área plantada, podendo atingir 4.41 milhões de hectares.
A produtividade, neste primeiro momento, é estimada em 6.416 quilos por hectare, resultando em uma produção de 28.3 milhões de toneladas, com aumento de 14,50% em relação a 2020/21 (24.7 milhões de toneladas). No somatório para as três safras do produto, a estatal prevê uma produção de 116.3 milhões de toneladas, com alta de 33,70% em relação a 2020/21 (87 milhões de toneladas).
Arroz e feijão
A produção de arroz e feijão, segundo as estimativas iniciais da Conab, deve ser suficiente para garantir o abastecimento no mercado interno. Para o primeiro produto, a produção deve se manter relativamente estável em torno de 11.6 milhões de toneladas (menos 1,30% em comparação com 11.8 milhões de toneladas de 2020/21).
Já a leguminosa tende a apresentar um ligeiro aumento de 0,80% na área a ser plantada na primeira safra. Como o produto é cultivado ao longo do ano, o volume é ajustado dentro do próprio ano safra, explica a Conab.
A estimativa é que a produção total de feijão alcance 2.97 milhões de toneladas, somando-se as três safras, com aumento de 3,10% em relação ao ano passado (2.88 milhões de toneladas).
Algodão e trigo
No caso do algodão, é esperado um aumento de 10,20% na área plantada da cultura, totalizando 1.51 milhão de hectares. A produção de pluma tende a ser de 2.67 milhões toneladas, volume próximo ao registrado na safra 2018/19, mas 13,70% maior ante o ano passado (2.36 milhões de toneladas).
Entre as culturas de inverno, o destaque é o trigo. A safra 2021 ainda está sendo colhida, com percentual de colheita chegando a 22,60%. O volume estimado para produção neste ano é de 8.19 milhões de toneladas.
Fontes: Broadcast Agro/Valor
Equipe SNA