Conab estima safra e exportação recordes de algodão, com aumento no plantio em 2018/19

O Brasil poderá aumentar em até 20,4% a área para o plantio de algodão na safra 2018/19, com impulso de bons negócios já realizados, o que permitirá colheita e exportação recordes na nova temporada. A avaliação é da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em sua primeira estimativa para o ciclo.

Se o tempo for favorável, o Brasil poderia produzir entre 2.3 milhões e 2.8 milhões de toneladas da pluma, contra um recorde de dois milhões de toneladas registrado na temporada anterior. O plantio de algodão, uma cultura das mais intensivas em capital e tecnologia, atingiria históricos 1.4 milhão de hectares no país, segundo a Conab.

“A comercialização da safra 2017/18, aliada às boas perspectivas futuras de mercado, vem gerando um ambiente de otimismo no setor produtivo”, afirmou a companhia em relatório, no qual também estimou volumosas safras de soja e milho, cujo plantio já se desenvolve no Brasil.

O cultivo de algodão começa mais tarde nos principais produtores (Mato Grosso e Bahia), nos próximos meses. A Conab destacou que a comercialização da safra 2018/19 em Mato Grosso está avançada, já atingindo 67% do total.

“Em Mato Grosso, maior produtor nacional, o plantio ocorre apenas a partir de dezembro (…) Todavia, já é possível estimar um aumento significativo na área plantada devido aos bons retornos financeiros da cultura”, informou a companhia.

O analista sênior de agronegócios do Itaú BBA, Guilherme Bellotti, apontou que os números do algodão da Conab, que vieram dentro da expectativa, se destacam no relatório da estatal. O aumento “significativo” de área, disse Bellotti, “é resultado das boas margens que têm sido observadas na safra 2017/18 e das perspectivas positivas para a próxima safra”.

Com boa safra, o USDA estima que o Brasil poderá superar a Índia em 2018/19 como o segundo maior exportador global da pluma, ficando apenas atrás dos EUA.

A Conab estima exportações de 1.33 milhão de toneladas da pluma em 2018/19, contra a marca histórica de um milhão de toneladas de 2017/18. O consumo do país deverá aumentar em 50.000 toneladas na nova safra, para 750.000 toneladas.

 

Fonte: Reuters

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