Conab: colheita de soja tem início e produção deve atingir 133.7 milhões de toneladas

Com um aumento de área em 3,40%, a produção de soja na safra 2020/21 pode chegar a 133.7 milhões de toneladas no país. A oleaginosa é a principal cultura cultivada e representa cerca de 50% da colheita de grãos no Brasil, estimada em 264.8 milhões de toneladas. A informação é do quarto Levantamento da Safra de Grãos divulgado nesta quarta-feira pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O boletim revela que a produção total deve registrar um aumento de 7.9 milhões de toneladas, em comparação com a safra 2019/20, quando a colheita foi de 256.94 milhões de toneladas.

A colheita da oleaginosa já teve início em Mato Grosso, conforme divulgado pela Companhia no Progresso de Safra desta semana. Principal estado produtor de soja, a produção poderá chegar a 35.43 milhões de toneladas, com uma ligeira queda em relação à estimativa da safra anterior, mesmo com expectativa de aumento na área plantada.

O resultado é reflexo da estimativa de menor produtividade, uma vez que as condições climáticas de 2019 não se repetiram até então.

Milho

Outro grão de destaque é o milho. Com produção total estimada em 102.3 milhões de toneladas, a primeira safra do cereal deve registrar queda de 6,90%. As condições climáticas desfavoráveis no momento do cultivo da primeira safra influenciaram a produtividade, principalmente no Sul do país.

No Rio Grande do Sul, a baixa foi estimada em 11%. Com isso, a produção tende a ser 9,30% menor. Em Santa Catarina, os percentuais de queda na produtividade e na colheita da primeira safra são ainda maiores, chegando a 14% e 12,7% respectivamente. Em ambos os estados, a área destinada ao plantio do grão deve crescer, o que reduz um pouco a queda no volume de produção.

Arroz

No caso do arroz, o aumento de área foi menor do que o esperado, principalmente pelo fato de as chuvas não abastecerem de forma satisfatória as barragens que fornecem água para as lavouras irrigadas na Região Sul.

Além do menor aumento de área, as condições climáticas também impactaram a produtividade. Assim, a produção deve atingir 10.9 milhões de toneladas, com queda de 2,50% em comparação com a safra anterior.

Oferta e demanda

Neste quarto levantamento, houve uma revisão da periodicidade e metodologia do quadro de oferta e demanda de arroz. A Conab alterou a janela de análise anual de cada safra, passando do período de março a fevereiro para janeiro a dezembro.

Esta mudança já era solicitada pelo setor e visa a trazer maior transparência e precisão nas projeções de estoques, uma vez que, ao estimar o estoque de passagem em fevereiro, era preciso desconsiderar o produto novo colhido nos primeiros meses do ano.

Isso gerava dificuldade na extração da informação, além de poder levar a uma interpretação equivocada do quadro de suprimento, em vista que o estoque físico real, ao final de fevereiro, é sempre maior do que o publicado como estoque de passagem.

Com esta mudança, o estoque físico real, ao final de dezembro, será igual ao publicado como estoque de passagem no fim do mesmo mês, pois a colheita do arroz se inicia apenas em janeiro de cada ano.

 

 

Fontes: Conab/Valor

Equipe SNA

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