Conab: clima afeta culturas de segunda safra e produção deve chegar a 262.13 milhões de toneladas

As condições climáticas adversas registradas durante o cultivo da segunda safra afetaram as estimativas de produtividade nas lavouras. Com isso, a expectativa é que a produção seja de 262.13 milhões de toneladas no período 2020/2021, segundo o 9º Levantamento da Safra de Grãos, divulgado nesta quinta-feira pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Apesar da queda de 9.57 milhões de toneladas comparada com a estimativa do mês anterior, o volume total a ser colhido ainda é superior ao da safra passada.

Principal cultura cultivada na segunda safra, o milho deve apresentar uma redução na produtividade, impactado pela baixa ocorrência de chuvas entre os meses de abril e maio. Com isso, a estimativa é que a produção total do cereal seja de 96.4 milhões de toneladas, sendo 24.7 milhões de toneladas na primeira safra, 69.9 milhões na segunda e 1.7 milhão na terceira, com redução de 6% em relação a produção de 2019/20.

A queda esperada se deve, sobretudo, ao retardamento da colheita da soja e, em consequência, ao plantio de uma grande parte da área do milho segunda safra fora da janela indicada.

Soja e outras culturas

A soja é outro produto de destaque na produção nacional. Com a colheita da oleaginosa encerrada, a produção é um novo recorde estimado em 135.86 milhões de toneladas, 8,80% superior à produção da safra 2019/20, o que representa um aumento de 11 milhões de toneladas. O resultado garante o Brasil na posição de maior produtor mundial da leguminosa.

Para o feijão, a Conab espera que a colheita se mantenha próxima das três milhões de toneladas. Com a produção de três safras ao longo do período analisado, apenas a primeira foi encerrada. A segunda ainda está sendo colhida e a terceira está em fase de plantio.

Outro importante produto para os brasileiros, o arroz tem produção estimada em 11.6 milhões de toneladas, com aumento de 4% em relação ao volume produzido na safra anterior.

No caso das culturas de inverno, o plantio foi iniciado em abril e intensificado em maio. Destaque para o trigo, cujas estimativas preliminares indicam uma área plantada de 2.5 milhões de hectares e uma produção de 6.94 milhões de toneladas.

Área

Segundo o levantamento da Conab, a área plantada deve registrar um aumento de 4,20% em comparação com a safra anterior, chegando a 68.7 milhões de hectares. Destaque para a soja, com aumento de 1.6 milhão de hectares, e para o milho segunda safra, com aumento de 8,40%, o que corresponde a 1.15 milhão de hectares.

Mercado

O balanço mensal do levantamento da Conab indica uma nova redução dos estoques finais de algodão, feijão e milho em relação à última estimativa de maio de 2021, enquanto que há a previsão de estabilidade nos estoques finais de trigo para o ano safra que se encerra em julho.

No âmbito externo, o algodão em pluma segue com cenário positivo no mercado internacional. As exportações no acumulado de janeiro a maio de 2021 aumentaram 65% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Já para o milho a expectativa de exportações foi reduzida de 35 milhões de toneladas para 29 milhões de toneladas na safra atual, com queda de 15% em relação à última estimativa. Diante deste cenário, a estimativa é que o estoque de passagem do cereal fique próximo a 7.6 milhões de toneladas.

Quanto à soja, a Conab estima exportações de 86.6 milhões de toneladas. Confirmada a previsão, será um recorde da série histórica.

Por fim, para o arroz, as exportações em abril estão em ritmo 20% menor quando comparado com o mesmo mês do ano passado. No acumulado até maio também se registra uma queda de 68% no volume exportado, o que corrobora com a previsão de redução de 28% das exportações de arroz este ano estimadas pela Companhia.

Acesse aqui o Boletim do 9º Levantamento – Safra 2020/21.

 

Fonte: Conab

Equipe SNA

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