Comprador e vendedor de milho aguardam novidades

Os compradores de milho continuam adquirindo o produto aos poucos, e apenas para o consumo imediato. Apostam em uma queda de preço devido à desaceleração das exportações e às boas perspectivas para a safra de verão. Já os vendedores acreditam em uma valorização do produto nas próximas semanas, principalmente a partir do início do próximo ano.

Essa foi a avaliação do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), ao analisar o comportamento do cereal no mês passado. O mercado está sendo abastecido também pelas importações, cujo volume atingiu 495 mil toneladas no mês passado.

Mas o Brasil continua honrando os contratos de exportações, uma vez que o volume exportado em outubro foi o dobro do das importações. Saiu pelos portos brasileiros 1,1 milhão de toneladas em outubro. Os valores das operações externas praticamente são os mesmos em outubro. Ambos ficaram próximos de US$ 170 por tonelada.

Os principais fornecedores de milho para o Brasil são Paraguai e Argentina. Os vizinhos já colocaram 2 milhões de toneladas do cereal no Brasil neste ano. Já os principais mercados para o produto brasileiro são Irã, Vietnã e Japão. Os iranianos compraram 4 milhões de toneladas de milho do Brasil neste ano – volume superior aos 2,6 milhões dos vietnamitas e aos 2,5 milhões adquiridos pelos japoneses.

As exportações totais do Brasil somam 19,9 milhões de toneladas no ano, 11% superiores à de janeiro a outubro de 2015. Já as importações, ao ficar próximas de 2 milhões de toneladas, atingem o maior volume desde 1998 para esse período.

Quanto aos preços internos, o Cepea detectou queda de 1,6% nos preços de outubro. O cereal terminou o mês cotado a R$ 40,86 por saca em Campinas. No mercado externo, o milho está a US$ 3,42 por bushel (25,4 quilos) na Bolsa de Chicago. Esse valor é 1,7% inferior ao de há uma semana.

Os Estados Unidos revisaram os dados de produção na quarta-feira (9), elevando o volume para 387 milhões de toneladas. Já o Brasil espera um volume entre 83 milhões e 85 milhões de toneladas na safra 2016/17, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

 

Fonte: Folha de S.Paulo

 

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