Como a soja se comportou no mês de julho e o que está por vir

Os preços da soja se recuperaram em julho no mercado brasileiro, acompanhando o movimento de alta do mercado externo. Com isso, os produtores aproveitaram o momento favorável e comercializaram bons volumes.

As primeiras indicações para a próxima temporada são de uma safra recorde e de exportações beirando as 100 milhões de toneladas.

Soja valorizou na semana

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos estava cotada a R$ 152,00 no dia 27, em alta de 9,35% na comparação com 30 dias atrás.

Já em Cascavel (PR), a cotação subiu 10%, chegando a R$ 143,00.

Em Rondonópolis (MT), a cotação subiu 11,30% para R$ 128.

No Porto de Paranaguá, por sua vez, foi registrada uma alta de 9,29% em relação a 27 de junho, chegando a R$ 153,00.

Fatores responsáveis pela alta

O melhor comportamento do mercado doméstico esteve ligado ao desempenho dos contratos futuros
na Bolsa de Chicago.

No período, o vencimento novembro registrou no mês (24) uma nova máxima contratual a US$ 14,35.

O movimento de alta no exterior decorre do “mercado de clima”. As previsões de poucas chuvas e temperaturas elevadas estão fazendo com que se revise para baixo o potencial produtivo da safra norte-americana.

Além disso, logo no início do mês, o USDA surpreendeu ao indicar uma área plantada bem abaixo da estimada pelo mercado.

Exportações de soja

As exportações de soja do Brasil deverão totalizar 99 milhões de toneladas em 2024, acima das 95 milhões de toneladas estimadas para 2023.

A previsão faz parte do quadro de oferta e demanda brasileiro, divulgado pela Safras & Mercado, e indica um aumento de 4% entre uma temporada e outra.

A consultoria estima o esmagamento de 55 milhões de toneladas em 2024 e de 53.4 milhões de toneladas em 2023, com um aumento de 3% entre uma temporada e outra. A Safras não indica importações para
2024 e manteve a estimativa de 150.000 toneladas para 2023.

Em relação à temporada 2024, a oferta total de soja deverá aumentar 7%, passando para 171.531 milhões de toneladas. A demanda total está estimada em 157.7 milhões de toneladas, um aumento de 4% em relação ao ano anterior.

Desta forma, os estoques finais deverão aumentar 70%, passando de 8.13 milhões para 13.831 milhões de toneladas.

Produção de farelo e óleo

A Safras estima uma produção de 42.3 milhões de toneladas de farelo de soja em 2024, aumento de 3%. As exportações deverão cair 2% para 21.5 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno está estimado em 20 milhões de toneladas, aumento de 8%. Os estoques deverão aumentar 31% para 3.34 milhões de toneladas.

A produção de óleo de soja, por sua vez, deverá aumentar 2% para 11.1 milhões de toneladas. O Brasil
deverá exportar 2.2 milhões de toneladas, com queda de 12%.

Já o consumo interno deve aumentar 5% para 9 milhões de toneladas. A utilização para biodiesel deve aumentar 13% para 4.5 milhões de toneladas. A estimativa é de que os estoques recuem 21% para 295.000 toneladas.

Fonte: Agência Safras
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