As vendas de café da safra brasileira 2023/24 atingiram 41% do total estimado a ser produzido, até o dia 08 de agosto, segundo a consultoria Safras & Mercado. O percentual de vendas é inferior ao do mesmo período do ano passado, quando atingia cerca de 45% da safra, e está também abaixo da média histórica para o período de 46%.
Em números absolutos, foram negociadas 27.65 milhões de sacas de uma safra estimada pela consultoria de 66.65 milhões de sacas.
Segundo o consultor Gil Barabach, o fluxo de vendas de café segue sem uma grande linearidade na postura dos vendedores. “O fato é que, mesmo bastante cadenciada, as vendas avançaram bem no último mês de julho, refletindo a maior disponibilidade física de café no mercado. A safra maior colhida neste ano e o comportamento mais cauteloso do comprador, por conta das incertezas econômico-financeiras, definem a performance das negociações”, disse.
Barabach chama atenção para o fato de que tem aparecido menos café que o esperado, especialmente junto às cooperativas. E isso gera algum desconforto, pois contrasta com a ideia de safra cheia. “Ainda não dá para dizer que se trata de produção menor que a esperada inicialmente. Mesmo porque o monitoramento de colheita vem confirmando uma safra cheia. Talvez, se justifique por uma recalibragem das prioridades comerciais dos produtores nesse início de novo ciclo comercial”, disse.
Variedades
As vendas do café arábica atingiram 39% da produção, bem abaixo do mesmo período do ano passado e da média de cinco anos, ambas de 45%.
A comercialização de conilon atingiu 46% da safra e já supera os 45% vendidos no mesmo período do ciclo passado, ficando ainda ligeiramente abaixo da média de cinco anos de 47%.
