Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), apenas 41,60% da safra 2024/25 de algodão no Mato Grosso foi comercializada até o momento. O percentual está abaixo da média dos últimos cinco anos (53,40%) e também do registrado no mesmo período do ano passado (45,10%). A retração é atribuída à queda de 11% nos preços médios até outubro em Rondonópolis, que reduz o ímpeto de negociação por parte dos produtores.
Em outubro, o preço médio da pluma em Rondonópolis registrou uma queda de 0,70%. Já na primeira quinzena de novembro, a queda ultrapassou 1%, com o algodão cotado aos R$ 3,73/lb. A pressão sobre os preços reflete o aumento da disponibilidade doméstica, que tem mantido as cotações internas abaixo das internacionais.
Entre agosto de 2023 e julho de 2024, o Brasil exportou 2.7 milhões de toneladas de algodão, segundo a Secex. Esse desempenho consolidou o País como maior exportador global da fibra, superando os Estados Unidos. A China foi o principal destino, recebendo 49% das exportações brasileiras, seguida por Vietnã (14%), Bangladesh (11%) e Turquia (8%).
No cenário global, o balanço de oferta e demanda para a safra 2024/25 indica um aumento de 3% na produção e de 1% no consumo, resultando em um aumento de 2% nos estoques finais. No Brasil, a Conab estima uma expansão de 3% na área plantada, totalizando 2 milhões de hectares. No entanto, na China, maior produtora e consumidora mundial, a expectativa é de queda nas importações.