O presidente da SNA, Antonio Alvarenga, abriu na manhã de 07 de novembro o 14° Congresso de Agribusiness sobre Segurança Alimentar, chamando a atenção para a importância da perseverança dos agricultores brasileiros, que precisam combater uma série de adversidades para produzir no país.
“A produção brasileira cresceu extraordinariamente nos últimos anos, cumprindo sua vocação natural: a de ser um dos maiores produtores de alimento do mundo. Mas temos entraves na área de infraestrutura, insegurança, deficiência de comunicação, entre outros. Não fosse a persistência dos nossos agricultores, o que seria do Brasil?”, questionou o presidente da SNA, que à mesa teve a companhia do representante da FAO/ONU no Brasil, Alan Bojanic, da secretária de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Mônika Bergamaschi, de Cezar Vasquez, diretor superintendente do Sebrae, e de Rafael Miranda, presidente da Pesagro-Rio.
“Desde 1990, a exportação da indústria e de serviços acumulou superávit de quase US$ 400 bi. O agronegócio acumulou superávit de US$820 bi. Agora, precisamos melhorar a nossa comunicação para que a sociedade nos conheça, nos respeite e nos apoie”, disse Monika Bergamaschi, secretária de Agricultura do Estado de São Paulo, em pronunciamento, durante abertura do congresso.
Mudanças
O presidente da Embrapa, Maurício Lopes, durante palestra de abertura, falou sobre as mudanças que a tecnologia têm promovido no campo e como o progresso tecnológico pode responder aos desafios dos próximos anos. “Estamos entrando em uma era para, talvez, uma consolidação da chamada inteligência coletiva nos modelos de organização e governança. E os desafios transfronteiriços de grande complexidade estão relacionados às mudanças climáticas, à segurança biológica e aos cybercrimes. É o mundo em mudança”, discursou Lopes.
Em seguida, o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, presidente da Academia Nacional de Agricultura, mantida pela SNA, reforçou sua proposta de criação de um grupo de países produtores (GP) que se dedicaria a promover a segurança alimentar mundial nos próximos anos. “A ideia é que países com características semelhantes às do Brasil, desde capacidade de produção, passando por clima até tecnologia, se unam para, entre outros fins, criar um modelo de abastecimento em que os estoques sejam mantidos pelos próprios países do GP e não sejam usados para resolver problemas nos preços, mas, sim, para garantir a segurança alimentar”, explicou o também embaixador especial da FAO para o cooperativismo.
Acordo
Ainda durante a abertura, Antonio Alvarenga, presidente da SNA, e Alan Bojanic, representante da FAO/ONU no Brasil, assinaram um convênio com o objetivo de difundir informações e conhecimento que elevem a produtividade agrícola, melhorem o nível de vida das populações rurais, promovam o crescimento da economia global e a redução da fome.
Equipe SNA / RJ
