Com safrinha recorde, exportações de milho devem aumentar 30%

Após a quebra no último ciclo, a ‘safrinha’ de milho deve registrar uma recuperação em 2018/19, para 68.5 milhões de toneladas, segundo a estimativa de maio da consultoria INTL FCStone. O volume estimado representa um aumento de 27% em relação à ‘safrinha’ de 2017/18, configurando um recorde.

Esse aumento levaria a produção final de cereal para 96.8 milhões de toneladas, a segunda maior safra de milho da história, 19,9% superior ao volume do ano passado (80.7 milhões de toneladas), além de estimular as exportações.

Nesse contexto, a INTL FCStone espera que em 2018/19, os embarques totalizem 32 milhões de toneladas, com aumento de 29,2% em relação às 24.8 milhões de toneladas de milho exportadas no ciclo anterior.

“Além da ampla oferta, as exportações brasileiras de milho devem ser beneficiadas pela desvalorização do real”, avalia o analista de mercado da INTL FCStone, Lucas Pereira.

Desde o início do ano, o cenário externo de aumento da aversão ao risco, somado ao contexto político e econômico doméstico ainda incerto, tem suportado o dólar.

Com efeito, a dinâmica cambial faz com que o milho brasileiro se torne mais competitivo no mercado internacional, sobretudo em relação ao produto norte-americano.

“O preço do milho para embarque em agosto desse ano já é mais barato no porto de Paranaguá do que em Nova Orleans, nos EUA, em contraposição ao o que é normalmente observado”, explica o analista Pereira.

Ademais, a produção volumosa irá abastecer também o consumo interno de milho. A INTL FCStone estima a demanda doméstica pelo cereal na temporada em 62 milhões de toneladas, 3,5% superior à registrada em 2017/18.

 

INTL FCStone

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