A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) discutiu com o governo federal medidas de apoio à comercialização de alimentos por meio de programas públicos de aquisição direto dos produtores rurais, além de ações voltadas para o crédito rural e para a garantia da logística de distribuição e abastecimento para a população durante este período de pandemia do Covi-19.
O objetivo é assegurar alternativas de renda ao produtor rural para minimizar os impactos da crise causada pelo Coronavirus. O tema foi tratado em reunião, nesta sexta-feira (27/3), com o ministro-chefe da Casa Civil, general Braga Netto, e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, no Palácio do Planalto, em Brasília.
Participaram o superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi, e o diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Daniel Carrara, e outros representantes do Sistema CNA/Senar.
No encontro, a CNA apresentou as ações realizadas até o momento no combate aos efeitos causados pelo Coronavírus para ajudar o produtor rural a continuar produzindo e garantir o abastecimento de alimentos à população brasileira durante a quarentena.
Neste contexto, a CNA reiterou a importância de programas governamentais de compra de alimentos junto aos produtores. Um dos pedidos foi a manutenção do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que assegura alimentos aos alunos da rede pública, reforçando o acordo da ministra Tereza Cristina com o Ministro da Educação.
A CNA defendeu que, diante da suspensão das aulas, os produtos sejam distribuídos para as famílias destes estudantes. “Com as escolas fechadas, as crianças continuam tendo acesso a alimentos de qualidade e os produtores mantém seu canal de comercialização”, explicou o superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi.
A entidade também propôs ampliar as compras do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) para beneficiar a população carente e também os agricultores familiares que fornecem alimentos para o PAA. Segundo Lucchi, a ideia é assegurar alimentos a trabalhadores autônomos que passam por dificuldades neste momento.
“Poderíamos viabilizar um volume maior de alimentos à população menos assistida e ajudar os produtores que tiveram suas vendas reduzidas”, explicou Lucchi.
A prorrogação de parcelas de financiamentos, a disponibilização de linhas emergenciais para as cadeias produtivas mais impactadas e medidas de desburocratização das operações de crédito rural, como dispensa dos registros de cartório, por exemplo, foram propostas da CNA apresentadas no encontro. Estas demandas também foram encaminhadas à ministra da Agricultura, Tereza Cristina.
Na parte de logística, a Confederação reforçou a importância de se garantir o fluxo da produção de alimentos, bem como a sua cadeia de suprimentos. O ministro abriu um canal para receber os problemas relacionados a produção e articular com os ministérios específicos e estados.
CNA