CNA participa de debate sobre a estrutura portuária brasileira

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou nesta segunda-feira de um debate sobre a estrutura portuária brasileira.

O encontro, transmitido ao vivo pelas redes sociais, foi promovido pela Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp). A coordenadora de Assuntos Estratégicos da CNA, Elisangela Pereira Lopes, foi uma das debatedoras.

Durante apresentação sobre o tema “Pós Covid-19 – Infraestrutura para a Agropecuária”, Elisangela abordou assuntos como a necessidade de infraestrutura para atender o desempenho do setor agropecuário e destacou a evolução das exportações de soja e milho pelos portos do Arco Norte, do Sul e do Sudeste.

“A produção quase dobrou e a exportação triplicou nos últimos dez anos, mas a infraestrutura não acompanhou esse crescimento. Hoje, mais de 61% da produção está acima do paralelo 16, mas apenas 28% é exportado pelos portos de lá. Ainda temos de exportar pelos portos do Sul e Sudeste e isso tem onerado produtores e consumidores internos”, disse a coordenadora da CNA.

Na ocasião, ela também apresentou dados sobre a matriz de transportes do Brasil, custos da lavoura aos portos e analisou a utilização dos modais rodoviário, ferroviário e hidroviário no País.

Na visão de Elisangela, a logística para a agropecuária precisa se basear em pilares como investimentos em infraestrutura, segurança jurídica e transparência, parcerias entre governo e iniciativa privada, livre iniciativa e multimodalidade.

“Com isso, será possível a redução de custos logísticos, o aumento de competitividade e produção e a geração de renda e emprego”, destacou.

Aprimorar a regulação dos transportes é outra medida importante. Entre as sugestões da CNA estão a aprovação do regulamento que estimula o uso da navegação de cabotagem e a implantação do Documento Único de Transporte (DT-e) para toda operação de transportes.

“Assim que tivemos a paralisação provocada pela Covid-19, as ações foram focadas em garantir o abastecimento da população brasileira e os compromissos com os países que importam nossos produtos”, afirmou a coordenadora da CNA.

“Após a pandemia, precisamos que o Governo continue investindo nas obras em andamento, que não ocorra o tabelamento obrigatório do frete e que seja promovida a ligação entre os modelos de transporte”.

O debate também contou com a participação do presidente da Associação Comercial de Santos (ACS), Mauro Sammarco; do diretor de Comércio Exterior da Acirp, André Ali Mere, e do diretor comercial da Brasil Terminal Portuário, Claudio Oliveira.

 

Fonte: CNA

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