CNA leva posicionamento do agro para a COP-25

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) vai levar no próximo dia 7 de dezembro o posicionamento do agro brasileiro para a 25ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP) em Madri, na Espanha. O documento foi construído com a participação das entidades do setor.

“Esse documento vai externar para os negociadores brasileiros e internacionais, a ONU e os compradores do agronegócio brasileiro, o posicionamento e as expectativas do setor em relação à cúpula do clima”, afirmou o presidente da Comissão Nacional de Meio Ambiente da CNA, Muni Lourenço.

No posicionamento, a Confederação reitera o compromisso do produtor rural com a redução das emissões de gases de efeito estufa por meio da adoção de tecnologias de baixa emissão de carbono e boas práticas agrícolas, e pede que a comunidade internacional reconheça os esforços já realizados pelos produtores brasileiros como ações antecipadas de mitigação.

A conservação da vegetação nativa em áreas privadas no Brasil chega a 218 milhões de hectares – espaço equivalente à superfície de dez países europeus, de acordo com dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR).

“O produtor rural brasileiro adota cada vez mais tecnologias para melhorar a rentabilidade com sustentabilidade ambiental, mostrando que o Brasil conseguiu construir um modelo de crescimento rural de forma verticalizada, poupando área e respeitando o meio ambiente”, ressaltou Lourenço.

Outro item do posicionamento levanta a necessidade dos países que mais emitem gases de efeito estufa financiem, por meio de projetos de cooperação, doações ou transferência de tecnologias, as ações de adaptação de outros países como o pagamento por serviços ambientais. O tema, inclusive, está previsto no artigo 6.4 do Acordo de Paris.

Além disso, o documento destaca que o setor privado está comprometido com a transformação agropecuária por meio de projetos que permitam incorporar tecnologias e ações para uma produção mais resiliente. Outro compromisso assumido pelo agro é aumentar a geração de bioenergia e biocombustíveis a partir da biomassa da cana-de-açúcar para substituir a matriz de combustíveis fósseis.

“Desde a celebração do Acordo de Paris, o total de emissões evitadas atingiu 240 milhões de toneladas de gás carbônico. Além disso, a Política Nacional de Biocombustíveis (Renovabio) propõe reduzir os GEEs em mais 10% na matriz de transportes nos próximos 10 anos”, destacou a CNA.

A COP25 em Madri será realizada de 2 a 13 de dezembro e discutirá as obrigações dos países para o cumprimento do Acordo de Paris, previsto para entrar em vigor em 2020. O posicionamento do setor agropecuário será debatido entre os negociadores brasileiros e estrangeiros durante a conferência e está disponível para consulta no portal www.cnabrasil.org.br .

 

CNA

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp