CNA, federações, Conselho do Agro e FPA discutem com o governo medidas emergenciais para o setor

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), as federações de agricultura e pecuária dos estados e as entidades do Conselho do Agro apresentaram ao governo um plano com uma série de ações emergenciais e estruturantes para alavancar o setor agropecuário e minimizar os efeitos da pandemia do Coronavírus na economia.

O encontro por videoconferência foi coordenado pelo presidente da CNA, João Martins, e contou com a participação da ministra da Agricultura, Tereza Cristina; do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto; do presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Alceu Moreira, entre outros.

Na ocasião, o superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi, apresentou o documento “Agro: opção de alavancagem da economia brasileira” que faz um diagnóstico da situação atual, mostrando queda na renda devido à crise do Covid-19 e ao clima em algumas regiões, alta dos custos de produção, falta de liquidez e dificuldade de acesso ao crédito.

O documento traz as resoluções do Banco Central para prorrogar financiamentos e reduzir a burocracia; mostra que determinados bancos não estão cumprindo normas para prorrogar dívidas dos produtores, e destaca que é preciso dar efetividade às Resoluções 4.801 e 4.802, facilitar acesso ao crédito, auxiliar os setores que estão em situação mais crítica, entre outras medidas.

Medidas estruturantes

Na agenda estruturante, o documento traz quatro pontos principais: redução da taxa de juros do crédito rural; desburocratização e diminuição dos “custos de observância”; aumento do “funding” de financiamento para a agropecuária e concessão de crédito e seguro rural.

Sobre crédito e seguro rural, Bruno Lucchi expôs aos representantes do governo a necessidade de combater de forma rigorosa a venda casada e defendeu maior volume de recursos para a subvenção ao seguro, assim como a previsibilidade na execução orçamentária dos recursos para os instrumentos de gestão de riscos.

Panorama

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, apresentou um panorama econômico dos países emergentes neste período de pandemia e falou sobre medidas tomadas pelo governo para ajudar a economia em tempos de crise.

Campos Neto reconheceu a importância econômica do agro e disse que algumas propostas apresentadas estão em estudo no governo. Ele ressaltou ainda que o crédito, de forma geral, deve chegar a quem precisa.

Já o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, falou sobre a situação fiscal do Brasil na atualidade e relatou os esforços do governo para minimizar os riscos da pandemia.

Tereza Cristina, uma das idealizadoras da reunião, destacou a importância do diálogo entre setor produtivo e o governo, e entre a equipe econômica, o Ministério da Agricultura e as entidades, para valorizar o setor.

Propostas e relatos

O presidente da CNA, João Martins, defendeu a modernização do sistema bancário, com mais avanços tecnológicos, menos burocracia para o produtor, e a redução das taxas de juros para o setor agropecuário, acompanhando o comportamento da taxa Selic, atualmente em 3%, com projeções para chegar a 2,50% no fim do ano.

No encontro por videoconferência, os presidentes das federações de agricultura e pecuária dos estados e das entidades do Conselho do Agro relataram as dificuldades vividas pelos produtores neste período de pandemia.

Também acompanharam o evento o diretor geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Daniel Carrara, e o consultor da CNA, Nilson Leitão.

 

Fonte: CNA

Equipe SNA

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