Para tornar os produtos lácteos e as frutas brasileiras conhecidas na Ásia, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) programaram uma missão à China, de 4 a 10 de novembro. A comitiva será formada por entidades privadas, empresários e representantes do governo.
A CNA será representada na viagem por seu vice-presidente e coordenador de Relações Internacionais, Gedeão Silveira Pereira, pela superintendente de Relações Internacionais, Lígia Dutra, e pelo assessor de Relações Internacionais, Pedro Henriques Pereira.
A missão pretende prospectar oportunidades de negócios, conhecer o dinamismo e a realidade do mercado chinês e fortalecer parcerias com atores chineses. A expectativa é aumentar o volume das exportações do agro, além de diversificar e agregar valor aos produtos exportados.
“O agro brasileiro cresceu muito e vai continuar crescendo. Ultrapassamos a capacidade de consumo dos brasileiros e precisamos abrir novos mercados. A Ásia é um grande consumidor, mas antes precisamos conhecer as nuances e as oportunidades que existem por lá”, disse Gedeão Pereira.
O roteiro será focado na região de Xangai. A agenda prevê reuniões com representantes dos setores público e privado, importadores, distribuidores, indústrias, consultorias na área de comércio exterior, associações setoriais e agências reguladoras.
O grupo também visitará a China International Import Expo (CIIE), onde haverá uma participação de empresários brasileiros coordenada pela Apex-Brasil.
Outro objetivo dos encontros é entender como funciona a regulação da China, especialmente em aspectos sanitários, quais são as exigências do governo e como são as práticas de comércio chinesas.
Exportações para a China
Em 2017, a China foi o principal destino das exportações do agronegócio brasileiro: comprou US$ 26,58 bilhões. Os principais produtos exportados foram complexo soja (US$ 20,56 bilhões), produtos florestais (US$ 2,84 bilhões), carnes (US$ 1,79 bilhões), couros e derivados (US$ 524 milhões) e fumo e derivados (US$ 276 milhões).
“A China é um dos maiores mercados consumidores do mundo e o principal parceiro comercial do agro brasileiro. Existe um interesse muito grande do mercado chinês por produtos novos porque a renda na China tem aumentado e nós podemos preencher esse espaço, especialmente com os lácteos e as frutas tropicais brasileiras, como o açaí”, afirmou Lígia Dutra.
Fonte: CNA