A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou, na última quinta-feira (20), do 2º Encontro de Difusão Tecnológica e Sustentabilidade na Agricultura Irrigada da região Centro-Oeste, realizado pelo Instituto Inovagri e organizado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia (GO).
O Presidente da Comissão Nacional de Irrigação da CNA, David Schmidt, foi um dos palestrantes do segundo painel sobre o desenvolvimento da agricultura irrigada, junto com a produtora rural irrigante Ana Valentini e o professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Everardo Mantovani.
Em sua palestra, David falou sobre a importância da organização do setor agropecuário brasileiro para atender à crescente demanda nacional e mundial por alimentos. “O Brasil é o país com maior disponibilidade de terra agricultável e água e, por isso, tem um papel fundamental nesse processo”.
Schmidt também destacou o protagonismo dos produtores rurais no uso de sistemas sustentáveis na produção de alimentos, como fixação biológica de nitrogênio, florestas plantas, plantio direto, recuperação de pastagem degradada e integração Lavoura-Pecuária-Floresta.
O Presidente da Comissão citou a Política de Recursos Hídricos (Lei 9433/1997), conhecida como Lei das Águas, e os seus objetivos, que incluem assegurar a necessária disponibilidade de água a todos e a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, com vistas ao desenvolvimento sustentável.
Durante sua exposição, o representante da CNA falou da importância de o Ministério da Integração Nacional e Desenvolvimento Regional (MDR) ter criado polos de agricultura irrigada no país como estratégia para alavancar o setor, desenvolver soluções gerenciais e fortalecer a governança do setor produtivo.
Atualmente, existem dez polos de agricultura irrigada no país, sendo três em Mato Grosso, dois em Goiás (Vale Araguaia e Planalto Central), dois no Rio Grande do Sul (Noroeste e Bacia do Rio Santa Maria) e um em São Paulo, no Noroeste de Minas Gerais e outro no Oeste da Bahia.
Por fim, David Schmidt pontuou os principais desafios para expansão da irrigação no Brasil. Segundo ele, o planejamento e ordenamento para expansão da irrigação será fundamental para atingir o potencial e é necessária a representatividade e participação para atuar nas discussões e soluções das melhores estratégias para gestão de recursos hídricos e sustentabilidade nos colegiados (comitês, conselhos e governo).
