A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apresentou suas prioridades para o Plano Agrícola e Pecuário 2017/18 (PAP), mais conhecido como Plano Safra, nesta segunda-feira (27 de março), durante um seminário promovido pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), na Câmara dos Deputados.
A instituição sugere ao governo, entre outras propostas, a redução das taxas de juros para as operações de custeio e investimento, tendo em vista a política do Banco Central de reduzir a Taxa Básica de Juros (Selic).
Presidente da Comissão Nacional de Política Agrícola da CNA e da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner apresentou as linhas básicas da proposta elaborada pelo Sistema CNA e pelas instituições que integram o Conselho do Agro para o Plano de Safra 2017/18.
Para as operações de custeio e comercialização da safra, a sugestão é aumentar em 13,5% os recursos para investimentos, R$ 39,7 bilhões em comparação aos R$ 32,5 bilhões destinados à safra atual.
PRIORIDADES
Outra prioridade é o Programa Agricultura de Baixo Carbono (Programa ABC). A CNA sugere aumentar o volume de recursos ao programa de R$ 2,99 bilhões, na safra 2016/17, para R$ 5 bilhões no biênio 2017/18, reduzindo a taxa de juros dos financiamentos de 8,5% para 5% ao ano. No caso dos médios produtores, a redução seria ainda maior: de 8% para 4,5% ao ano.
O Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) foi outro ponto destacado na proposta da CNA. Schreiner afirmou que a atenção especial ao programa “é uma forma de amenizar os problemas de infraestrutura e logística, aumentando a capacidade de estocagem da safra de grãos do país”. A ideia é manter os recursos disponibilizados ao PCA da safra anterior, R$ 1.4 bilhão, mas com redução das taxas de juros.
Na safra 2016/17 os juros cobrados foram de 8,5% o que inibiu a tomada de recursos pelo produtor. A CNA propõe redução para 4,5%. Para os produtores enquadrados no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), a proposta é que a taxa de juros seja reduzida para 3,5%.
Fonte: CNA