CMN aprova medidas para estimular plantio de milho no Brasil

Medidas para estimular o plantio de milho na próxima safra (2021/2022) foram aprovadas na quinta-feira pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), no momento em que o País registra preços recordes do cereal, que elevam os custos da indústria de carnes, informou o Ministério da Agricultura.

As propostas, que incluem a oferta de mais crédito e mecanismos de apoio à comercialização para apoiar os agricultores no incremento da produção do milho e também do sorgo, foram encaminhadas ao ministério, segundo nota divulgada nesta quinta-feira.

“As medidas são uma resposta à forte demanda mundial por alimentos e à desvalorização do real, que seguem dando impulso às exportações de grãos do País. Desta forma, foi reduzida a disponibilidade local de produtos básicos e insumos para ração animal”, disse o diretor de Crédito e Informação, da Secretaria de Política Agrícola do Ministério, Wilson Vaz de Araújo.

As exportações têm sido relativamente fracas desde fevereiro, já que a oferta interna está escassa antes da entrada da segunda safra, a maior do País, em junho. Em geral, os embarques para o exterior são mais fortes no segundo semestre.

Diante disso, e com a demanda interna firme, os preços estão renovando máximas históricas no mercado brasileiro. O indicador do milho da Esalq está perto de bater R$ 100,00 a saca.

Ainda segundo o ministério, o CMN decidiu aumentar o limite de financiamento de custeio, a partir de 1º de julho deste ano, de R$ 3 milhões para R$ 4 milhões por produtor, para a produção de milho e de sorgo. Também a partir de 1° de julho, os médios produtores poderão ter acesso ao custeio para plantio dos dois cereais, no limite de R$ 1.75 milhão, versus R$ 1.5 milhão anteriormente.

Outra medida permite, excepcionalmente, no âmbito da fonte de recursos obrigatórios, o Financiamento para Garantia de Preços ao Produtor (FGPP) para a aquisição de milho e de sorgo, limitado a R$ 65 milhões por beneficiário, admitindo o preço de mercado como referência ao invés do preço mínimo, informou o Ministério.

 

Reuters

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