Clima favorece e produção de fumo no país deve se aproximar das 700 mil toneladas nesta safra

Até o momento, 95% da área cultivada nesta temporada já foi colhida e rendimento deve ficar ao redor de 2.300 quilos por hectare. Preço de referência gira em torno de R$ 8,88 o quilo, mas rendimento maior pode compensar produtores. A safra passada ficou em 525 mil toneladas devido aos problemas climáticos.

O presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Benício Albano Werner, em entrevista ao Notícias Agrícolas, deu alguns detalhes sobre a safra do tabaco no Brasil.

O tabaco, que é produzido prioritariamente nos três estados do Sul e, em menor escala, na Bahia e no Alagoas, voltado para o charuto, deverá ter uma safra de 652 mil toneladas este ano. Cerca de 95% da produção já foi colhida, com uma área plantada de 258 mil hectares.

A comercialização deverá iniciar forte no mês de março, mas as compras já ocorrem desde o mês de dezembro. Até os meses de julho e agosto, deverá haver algum volume negociado, já que a produção neste ano está bem acima do ano passado.

No ano passado, com preços bons para os produtores, a oferta estava abaixo da demanda e, com isso, as empresas compradoras realizaram um leilão. Neste ano, deverá ocorrer o contrário – a oferta deve ficar acima da demanda.

A safra deverá ter uma média de produtividade 2.360 quilos por hectare e um preço maior do que R$ 8,88 por quilo pago aos produtores. Este valor compensa os custos de produção. A Afubra também realiza uma campanha para travar a área e, consequentemente, os preços.

Alguns prejuízos para os produtores são gerados a partir de pressões por aumento de impostos sobre os produtos finais e também em torno do contrabando de cigarros. Além disso, uma parte dos produtores abandonam suas produções e passam a habitar os centros urbanos.

Depois da colheita do tabaco, no entanto, os fumicultores investem em outras culturas – com o milho em primeiro lugar. A soja ocupou o segundo lugar na preferência, por conta dos preços. Anteriormente, este lugar era ocupado pelo feijão.

 

Fonte: Notícias Agrícolas

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