Clima: falta de chuva pode gerar perdas de produtividade e quebras pontuais

Produtores de milho safrinha do Centro-Oeste e do Sudeste já não tiram seus olhos do céu à espera de novas chuvas, pois muitos milharais ainda estão necessitando de pelo menos mais três boas chuvas, nos próximos 30 dias. Os modelos sinalizam que pode ocorrer chuva, mas de forma irregular de baixa intensidade, sendo que uma ou outra microrregião ficará sob stress hídrico, até o final da safra e que pode gerar quebras pontuais.

Uma frente fria está avançando pelo Rio Grande do Sul neste início de semana e provoca chuva em vários municípios da metade sul do Estado. Já há relatos de paralisação das atividades de colheita do milho, soja e arroz. Aos poucos este sistema estará avançando pela região Sul onde irá organizar chuva também sobre as regiões produtoras de Santa Catarina.

Em áreas do Estado de São Paulo e região sul de Minas Gerais pode registrar chuva o que beneficia lavouras de café e de cana de açúcar. Porém, a partir de terça-feira (12), o tempo volta a ficar firme com possibilidade apenas para eventuais pancadas de chuva isolada sobre as regiões Sul e Sudeste, incluindo a metade sul do Mato Grosso do Sul.

Em Rondônia, Mato Grosso, Goiás e em boa parte de Minas Gerais a semana será marcada pelas chuvas irregulares e de baixa intensidade. Não há indicativos de que venham ocorrer chuvas generalizadas e até mesmo em bons volumes sobre as áreas produtoras de milho, algodão e feijão destes estados ao longo dos próximos 10 dias. Com isso, algumas lavouras já poderão sentir os efeitos da ausência de chuva, resultando em perdas em seus potenciais produtivos. Contudo, os modelos de previsão sinalizam que entre os dias 20 e 22/04 as chuvas deverão retornar para estas localidades do Brasil, o que será de suma importância, caso venham a se confirmar, para a produção das lavouras de 2ª safra.

No Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, a chuva começa a ficar ainda mais irregular daqui para frente, podendo, no máximo, ocorrer algumas pancadas muito irregulares sobre estas localidades. Muitos produtores estão torcendo para que isso venha realmente ocorrer, pois a chuva contínua dos últimos 10 dias inviabilizou os trabalhos de colheita e até mesmo gerou perda de produtividade na soja. Somente o norte do Tocantins e o Maranhão é que poderão registrar algumas pancadas de chuvas mais frequentes nessas próximas semanas.

No Pará a situação é um pouco mais complicada, pois devido a ZCIT (Zona de Convergência Intertropical) há previsão de que a semana ainda seja marcada pela ocorrência de pancada de chuva mais regular e até mesmo, em alguns momentos, de forte intensidade. A chuva pode gerar paralisações nos trabalhos de colheita do milho e da soja e afetar o potencial produtivo das lavouras.

Análise das condições do tempo na última semana

Os últimos 10 dias foram marcados pelas chuvas irregulares em grande parte das regiões produtoras do Centro-Oeste, Sudeste e também do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. A chuva beneficiou as lavouras de milho e algodão safrinha, mas atrapalharam o pleno andamento da colheita da soja em regiões produtoras do norte de Goiás e também do Pará, Tocantins e Piauí. Contudo, as perdas foram mínimas, o que mantem o bom desempenho das lavouras, com médias de produtividade superiores as observadas nas últimas safras.

No Sul, incluindo o sul do Mato Grosso do Sul, após um período mais seco, as chuvas retornaram o que possibilitou o aumento do nível de umidade do solo, garantindo, assim, melhores condições ao desenvolvimento das lavouras de 2ª safra. Mas por outro lado, atrapalha o pleno andamento da colheita da soja, milho e arroz. Observe abaixo o volume de chuva acumulada nos últimos 7 dias e o mapa disponibilidade de água no solo:

 

Fonte: Climatempo

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