Citricultura brasileira impulsiona a economia e gera oportunidades

A citricultura brasileira registrou um crescimento de 8% na geração de empregos em 2023 – Foto de Erol Ahmed na Unsplash

A safra da citricultura pode se estender por oito a nove meses. Essa atividade utiliza colheita manual e, no ano passado, resultou em aproximadamente 96 bilhões de laranjas colhidas manualmente. É um setor de grande relevância para economia e que também gera milhares de empregos no Brasil.

Geração de emprego

A citricultura brasileira registrou um crescimento de 8% na geração de empregos em 2023. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), compilados pela Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), o setor criou 54.232 postos de trabalho, um aumento de 4.054 vagas em relação a 2022.

Os estados de São Paulo e Minas Gerais, que formam o cinturão citrícola do Brasil, lideraram a geração de empregos na citricultura no ano passado, participando com 87% do total. São Paulo registrou 41.357 novos postos de trabalho, representando uma elevação de 6,35%. Já Minas Gerais, comemorou um expressivo crescimento de 41%, totalizando 5.685 vagas. O Paraná também teve um bom desempenho, com 1.723 empregos criados, ocasionando um aumento de 13%.

Preço

A falta de oferta nesse período de entressafra e o volume controlado de algumas variedades de laranja, causou uma valorização da laranja Pera, espécie mais consumida no Brasil. Esse movimento vem sendo observado desde janeiro deste ano.

No mês passado, a caixa de 40,8 kg da laranja pera chegou a ser negociada em algumas regiões do estado de São Paulo por R$ 100 (mercado in natura), sendo o maior valor real já visto pelo Cepea, considerando-se a série histórica deste produto, iniciada em outubro de 1994.

Exportação

Atualmente, o Brasil é considerado um dos maiores produtores e exportadores de laranja e também do seu suco. De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), na safra 2022/23, o país exportou 1,029 milhão de toneladas de suco de laranja, que renderam US$ 2,038 bilhões.

IDR-Tamaríxia

Num cenário de projeções pouco otimistas para a safra de laranja 2024/25, em decorrência da doença de greening e dos efeitos do El Niño, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) vai lançar, no dia 10 de abril, na ExpoLondrina o aplicativo IDR-Tamaríxia, uma ferramenta para auxiliar os produtores no controle do HLB/greening.

O aplicativo foi desenvolvido com o objetivo de fornecer aos produtores e técnicos uma orientação passo a passo para a distribuição da vespinha tamaríxia (Tamarixia radiata). Trata-se de um sistema de localização georreferenciada que permite a geração de mapas com histórico de liberação.

Por Larissa Machado
com informações da Abrafrutas, CEPEA e Governo do Paraná
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