Chineses reforçam interesse em intercâmbio com o Brasil

Vice-presidente da SNA, Hélio Sirimarco, reunido com a delegação chinesa de Tai’an – Foto: Ascom SNA

O Brasil é referência mundial em produção agropecuária tornando-se modelo para outros países, a exemplo da China que enviou uma delegação do município de Tai’an – Província de Xantum ao Brasil para ampliar a compreensão sobre os processos produtivos brasileiros e tratar sobre futuros acordos de intercâmbio entre as partes.

O grupo foi recebido, nesta sexta-feira (10), pelo vice-presidente da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Hélio Sirimarco, na sede da instituição. Na ocasião, o representante da SNA apresentou as frentes de atuação desta entidade como a revista A Lavoura – precursora na publicação direcionada ao agronegócio brasileiro, o SNASH – ecossistema de inovação apoiado pela SNA, o Centro de Inteligência em Orgânicos (CI Orgânicos) e a Faculdade SNA Digital.

Outros pontos de interesse da delegação estavam relacionados à garantia de segurança alimentar, promoção da agricultura por meio da ciência e da tecnologia e ainda sobre os processos de associativismos agrícolas.

Tai’an

Paisagem de Tai’an – Foto: Prefeitura de Tai’an

O município possui 30.000 hectares de área cultiva, tendo o milho e o trigo como as principais culturas; uma atividade tradicional realizada há mais de 3.000 anos naquela cidade. Com a produção agropecuária voltada para o consumo interno, Tai’an produz, anualmente, cerca de 2.6 milhões de toneladas de alimentos e possui ainda 2 milhões de suínos e 120 milhões de frangos, movimentando aproximadamente R$ 29 milhões por ano.

Hélio Sirimarco sendo presenteado por Yang Hongtao – Foto: Ascom SNA

O prefeito de Tai’an, Yang Hongtao, afirma que seu município precisa muito de farelo de soja e milho. “Temos muitos produtores de suínos e frango e contamos com o apoio da SNA no sentido e intermediar contatos de fornecimento destas commodities”.

Hélio Sirimarco relembrou que, até o ano passado, a China não importava milho do Brasil. “Os chineses começaram a comprar milho brasileiro no segundo semestre e, atualmente, são os maiores importadores desse cereal cultivado aqui”.

Em sua fala, Yang Hongtao disse que seu município também tem uma faculdade de agricultura. “Podemos ver a possibilidade de um intercâmbio dos nossos professores com os da SNA Digital”.

SNASH

O SNASH teve sua importância ressaltada pela delegação chinesa. “Também possuímos mecanismos semelhantes ao hub de startups de vocês, uma vez que usamos a tecnologia para reduzir o custo de produção e, ao mesmo, resolver o problema de mão-de-obra”, enfatizou o prefeito de Tai’an.

Dados

Segundo dados divulgados pela Administração Geral de Alfândega Chinesa (GACC), em abril deste ano, o país asiático aumentou em 18% as importações de soja brasileira em relação ao mesmo mês do ano anterior. Somente no mês passado, a China importou 8.57 milhões de toneladas da oleaginosa do Brasil.

Porém, em termos de dados de janeiro a abril deste ano, houve queda de 2,90% em comparação ao mesmo período de 2023, totalizando 27.15 milhões de toneladas.

Por Larissa Machado
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