“Estou em Bruxelas, mas sempre pensando em nossos produtores rurais. A soja caiu 50% desde 2012 até agora, quando fui eleito. Os produtores têm a pior renda em 15 anos. As tarifas e barreiras de outros países estão destruindo nossos negócios”. A declaração foi feita por Donald Trump, via Twitter, nesta quarta-feira (11/7). Na ocasião, o presidente acrescentou: “Vou abrir as coisas, deixá-las melhores do que nunca, mas não pode ser muito rápido. Estou lutando por um melhor nível de jogo para nossos agricultores e vou vencer”.
Enquanto isso, a China anuncia, nesta quinta, sua previsão das importações de soja para o ano comercial 2018/19, que começa em 1º de outubro, totalizando 93.85 milhões de toneladas. Ao ser confirmado, esse volume será de 1.8 milhão de toneladas ou 2% menor do que a estimativa anterior do Ministério da Agricultura do país asiático. Haverá também uma queda em relação à atual temporada, onde as importações estão estimadas pelo órgão em 95.97 milhões de toneladas.
Ainda segundo o boletim divulgado pelo ministério chinês, as tarifas sobre a soja importada dos EUA, em retaliação às tarifas colocadas pelos americanos em produtos da China, deverão promover uma “inflação” dos preços da oleaginosa, além de provocar a necessidade dos processadores em buscar alternativas para sua fonte de proteína. O relatório mostrou ainda que a demanda por farelo de soja, por exemplo, já foi afetada com perdas na suinocultura, que é seu maior demandador.
Todo esse movimento já levou os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago a registrar suas mínimas em dez anos. E as contas deste impacto têm sido feitas por produtores de todo o país, os quais Trump tem tentado proteger, com medidas que possam mitigar os efeitos dessa taxação. “A matemática é simples. Você taxa a soja em 25% e então terá danos muito severos para os produtores norte-americanos”, disse John Heisdorffer, um sojicultor de Iowa, ao portal internacional CNN Money.
Fonte: Notícias Agrícolas
