China pode reduzir importações de soja em mais de 10 milhões de toneladas neste ano

A China pode reduzir as importações de soja em mais de dez milhões de toneladas neste ano, graças ao uso de nova tecnologia em farelo de soja e à adoção de suplementos como sementes de girassol e sementes de palmeira. A informação foi divulgada pelo jornal estatal Economic Daily nesta segunda-feira.

O uso de fórmulas de baixa proteína para alimentação animal poderia reduzir a demanda anual da China por farelo de soja em entre 5% e 7%, o que significa cerca de cinco milhões de toneladas de soja, segundo o jornal, que citou um especialista da Academia de Ciência da China.

A China também pode aumentar importações de ração animal feita de sementes de girassol, de palmeira e colza, que poderiam substituir uma demanda anual por farelo de soja de cerca de 4.8 milhões de toneladas, o equivalente a cerca de seis milhões de toneladas de grãos de soja, disse a reportagem.

A demanda por farelo de soja deve continuar fraca nos próximos meses devido a perdas em alguns produtores de carne suína, acrescentou o jornal. O consumo de farelo de soja caiu 1,3% entre abril e junho em comparação ao mesmo período do ano anterior.

A China começou em 6 de julho a impor uma tarifa de 25% sobre uma lista de bens norte-americanos, incluindo soja, em resposta a tarifas similares aplicadas pelos EUA sobre bens chineses.

Esmagada para produção de óleo de cozinha e farelo, a soja – ingrediente rico em proteínas e utilizado para a ração animal – foi o maior item agrícola de exportação dos EUA para a China no ano passado, com valor de US$ 12.3 bilhões, segundo o USDA.

A China, que importa 60% da soja comercializada no mundo, comprou 32.9 milhões de toneladas dos Estados Unidos em 2017, o que representou 34% das compras totais chinesas.

 

Fonte: Reuters

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