China pede que exportador de alimento declare produto livre de Coronavírus

A autoridade aduaneira da China pediu que os exportadores de alimentos assinem uma declaração de que seus produtos não estão contaminados pelo novo Coronavírus, informaram três pessoas que receberam o documento nesta sexta-feira.

A declaração, vista pela Reuters, pode ser um esforço da China para reduzir os testes adicionais realizados em alimentos importados na última semana e responsabilizar os exportadores por garantir a segurança de seus produtos, afirmou um importador de carne que assinou o documento. No entanto, ele se recusou a ser identificado devido à sensibilidade do problema.

A associação francesa da indústria de suínos Inaporc também recebeu o aviso, segundo uma autoridade. A Administração Geral das Alfândegas da China não respondeu imediatamente a um fax solicitando comentários.

A declaração informa que o exportador está disposto a cumprir as leis chinesas e também inclui orientações da Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO), das Nações Unidas, para garantir que os alimentos importados pela China não sejam contaminados pela Covid-19.

“No caso de um novo caso suspeito de Codiv-19 ser detectado em uma empresa de alimentos, ou se houver risco de contaminação de produtos alimentícios exportados para a China, estamos dispostos a tomar todas as medidas necessárias para eliminar os riscos de segurança alimentar e proteger a saúde do consumidor “, acrescenta a carta.

Pequim começou a testar alimentos importados para o Coronavírus após um surto no mercado atacadista de alimentos na semana passada. Em Tianjin, o principal porto de Pequim, as autoridades estão vistoriando todos os contêineres de carne, informaram os importadores.

Mais de 30.000 amostras de carne, frutos do mar, legumes e frutas foram testadas entre os dias 11 e 17 de junho. Todos tiveram resultado negativo para o Coronavírus, segundo a alfândega. “É muito caro e demorado testar todos os produtos. Eles estão pedindo aos fornecedores que assinem esta carta para que voltem ao normal”, indicou um exportador de carne.

No entanto, ainda não está claro qual será o peso dessa declaração. “Se qualquer remessa tiver Codid-19, ela será destruída de qualquer maneira, com ou sem a carta”, indicou outro fornecedor de carne que não assinou o documento.

 

Reuters

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