China faz a diferença no agronegócio dos EUA e do Brasil

Queda de preços nas commodities e gastos menores da China na importação de produtos agropecuários começam a se refletir mais intensamente na Balança Comercial dos principais países exportadores desse setor.

Os Estados Unidos tiveram saldo de apenas US$ 1.9 bilhão na Balança Comercial do agronegócio nos últimos quatro meses até setembro. Esse valor indica queda de 68% em relação a igual período do ano passado.

E isso vai se refletir durante todo o ano fiscal de 2016, quando o saldo deverá ficar em apenas US$ 9.5 bilhões, contra US$ 43 bilhões em 2014 e US$ 26 bilhões em 2015.

A China deverá gastar 29% menos no país em 2016, segundo estimativas do USDA.

O ano de 2014 foi o melhor período para os exportadores de produtos agropecuários.

As exportações norte-americanas atingiram US$ 152 bilhões, mas devem ficar em apenas US$ 132 bilhões em 2016. Já as importações subiram de US$ 109 bilhões para US$ 122 bilhões no mesmo período.

O cenário se repete no Brasil. Após ter atingido exportações de US$ 100 bilhões em 2013, as vendas externas do setor somam US$ 88 bilhões até outubro.

Os buracos nas balanças comerciais são os mesmos nos dois países. As exportações norte-americanas de cereais devem ficar em US$ 29 bilhões em 2016, bem abaixo dos US$ 36 bilhões de 2014 e dos US$ 32 bilhões de 2015.

O complexo soja, após ter atingido US$ 35 bilhões em 2014, deverá recuar para US$ 26 bilhões no próximo ano.

Mesma tendência, apontam as carnes que de um valor de US$ 33 bilhões em 2014, devem recuar para US$ 28 bilhões no próximo nos EUA.

No Brasil, as exportações de soja em grãos recuaram para US$ 21 bilhões até novembro, 10% menos do que no ano passado. Voltam a cair em 2016.

As carnes caíram para US$ 11 bilhões, 15% menos. Já as exportações totais do país para a China recuaram 12% em valor nos 11 primeiros meses, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

 

Fonte: Folha de S.Paulo

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