China está comprando soja brasileira

As cotações da soja no interior do país e nos portos subiram entre 1,54% e 3,4% nesta quinta-feira (30/11), impulsionadas pelo avanço do dólar, que fechou em alta de 0,97%. “O outro 1% foi devido à boa demanda da China, que continua comprando do Brasil neste semestre, ao contrário dos anos anteriores, quando os embarques costumavam terminar em agosto e que impulsionou os prêmios no dia anterior”, informa a consultoria Trigo & Farinhas.

Segundo o analista da T&F Luiz Fernando Pacheco, estas oportunidades são pontuais e ocorrem durante o dia. “É preciso ficar atento para que elas sejam aproveitadas. E também não é garantia de que esta tendência continuará a subir, uma vez que a maior parte dos analistas brasileiros acredita que a área plantada no Brasil será maior do que a do ano passado”, acrescenta Pacheco.

Outro fator que pode ainda acrescentar pressão, segundo as previsões climáticas, é que as chuvas recentes poderão melhorar a produtividade. “Em que pese que não atinja os mesmos níveis do ano passado, que foi uma safra excepcional, mas as estimativas são de elevação em relação às iniciativas iniciais desta safra”, afirma o analista da T&F.

“Com isto, é possível esperar uma safra maior para 2017/18. Problemas com La Niña poderão nem existir, segundo um meteorologista que afirmou que ‘não há mais tempo hábil para este fenômeno se formar’, o que garante uma boa produção brasileira. A expectativa é de uma produção ao redor de 114 milhões de toneladas, repetindo o recorde do ano passado”, diz o especialista.

“O avanço do plantio da soja no Brasil deve estar um pouco além dos 86% divulgados no início da semana. Por outro lado, saiu nesta semana a obrigação de elevar para 10% o uso de biocombustíveis (a maior parte feito com soja, no Brasil), a partir de março de 2018, o que será um poderoso fator de alta a partir desta data”, conclui a T&F.

 

Fonte: Agrolink

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