China compra 204 mil toneladas de soja dos Estados Unidos e confirma tensão menor na guerra comercial

A mística da temida sexta-feira 13 parece não estar assombrando as relações já abaladas entre China e Estados Unidos e somente hoje a nação asiática comprou 204.000 toneladas de soja da safra 2019/20 norte-americana. O anúncio foi feito pelo USDA e confirma as sinalizações de que os chineses estariam, de fato, dispostos a voltar pontualmente ao mercado dos EUA.

Já nesta quinta-feira (12/9), o Notícias Agrícolas anunciou que compradores da China estariam pesquisando preços de soja norte-americana para compras de 1 a 2 milhões de toneladas destinadas a embarques entre novembro e dezembro pelos porto do Pacífico, segundo informações apuradas pela ARC Mercosul.

A consultoria informou que, de acordo com fontes ouvidas, o ‘pacote total’ estaria na faixa de 4 a 5 milhões de toneladas, dependendo de como as negociações acontecerem em outubro, quando deverão se encontrar em Washington as delegações dos dois países.

Os últimos movimentos, tanto de Donald Trump quanto de Xi Jinping, têm, de fato, sinalizado que ambos parecem estar em busca de um consenso e de uma solução para um conflito que já dura quase dois anos.

Dessa forma, segundo a Bloomberg, a China já teria dito que está encorajando as suas empresas a comprarem produtos agrícolas dos EUA, entre eles soja e carne de porco. Inclusive, são produtos que ficarão de fora das tarifas adicionais da nação asiática, conforme informou a agência estatal chinesa de notícias Xinhua nesta sexta-feira.

Chicago e prêmios no Brasil

As notícias tiveram impacto limitado sobre o mercado na Bolsa de Chicago no pregão desta sexta-feira, com os principais vencimentos da soja, por volta das 13h30 (Horário de Brasília) em alta de 3,75 a 4 centavos. Afinal, na sessão anterior, as cotações, já influenciadas por essas notícias e especulações, fecharam em alta de 28,50 a 29 centavos ou mais de 3%.

Por outro lado, os impactos para os prêmios no Brasil já podem ser sentidos. A aproximação entre China e Estados Unidos já pressionou os prêmios das principais posições de entrega, principalmente para a safra velha, segundo relataram analistas e consultores de mercado.

Os prêmios para os próximos meses que chegaram a atingir US$ 1,50, nos melhores momentos das últimas semanas, e até do ano, voltaram a recuar para o intervalo entre US$ 1,00 a US$ 1,20. Para a safra nova, os prêmios são bem menores, porém, ainda segundo especialistas, poderão encontrar espaço para subir um pouco mais.

 

Notícias Agrícolas

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