Mesmo com a preocupação em relação às condições climáticas desfavoráveis ao cultivo no Brasil e com a valorização do dólar, as cotações do trigo não conseguiram se sustentar em julho. Isso porque os moinhos estavam abastecidos, adquirindo o grão apenas para manutenção de estoque no curto prazo. A média mensal do cereal no Rio Grande do Sul recuou 3,6%; em São Paulo, 3,5%; no Paraná, 1,9% e em Santa Catarina, 1,0%.
Enquanto na primeira metade de julho eram as chuvas que preocupavam os triticultores brasileiros, no final do mês foram as temperaturas relativamente altas para o período que geraram incertezas. Essas variações climáticas podem afetar fortemente a produtividade das lavouras.
O excesso de chuvas em importantes regiões produtoras de trigo também gerou temores quanto a maior incidência de pragas e doenças, que poderiam elevar os custos de produção desta safra, com a necessidade de aumentar a aplicação de defensivos. O clima adverso em outros importantes exportadores do cereal, como Argentina, Estados Unidos, União Europeia e Canadá, também chamou a atenção de agentes brasileiros, que podem se beneficiar com problemas nas safras dos concorrentes.
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Fonte: Cepea/Esalq