Jeffrey Abrahams mostra oportunidades de trabalho no agronegócio

Jeffrey Abrahams
“O mundo mudou e, por isso, precisamos olhar de forma diferente para o nosso Brasil agrícola”, destacou o CEO Jeffrey Abrahams, sobre o mercado de trabalho no agronegócio. Foto: Debora 70

 

Os dez principais problemas da humanidade para os próximos 50 anos serão a miséria, energia, segurança alimentar, educação, excesso de população, terrorismo, poluição/doenças, aquecimento global, falta de segurança e água. Os tópicos foram apontados por Jeffrey Abrahams, CEO da Abrahams Executive Search, durante o painel “Ciência, Tecnologia e Inovação – Educação – Política e Legislação”, no primeiro dia do 14º Congresso de Agribusiness da SNA, 7 de novembro.

Apresentando o tema “Oportunidades de trabalho no agronegócio fora do ambiente urbano”, ele alertou para as tendências do consumo, exemplificando que a população mundial em 1990 era de 5,2 bilhões de pessoas, com uma demanda de alimentos de 1,97 bilhão de toneladas; e em 2025 será de 8,3 bilhões, com uma demanda de 3,97 bilhões de toneladas.

Avaliando a situação do passado com os dias atuais, Abrahams lembrou que o Brasil, antigamente, era mais problemático, tinha menos investimentos, o agronegócio crescia normalmente e o poder estava concentrado na mão das empresas. Atualmente, ressaltou o CEO, a demanda por capacitação é grande, houve um crescimento importante impactado pelos preços das commodities, aliado à atração de novos investidores em todas as áreas (private equities e newcomers), expansão das empresas líderes, entre outros pontos.

Conforme Abrahams, no que diz respeito às oportunidades de trabalho, há chances nas áreas chamadas de “pré-porteira”, “dentro da porteira”, “pós-porteira” e “valor agregado”. Apesar do cenário promissor, ele criticou a falta de interesse por parte de profissionais: muitos não querem trocar as capitais por municípios do interior do país. “Há vagas com altos salários em Goiatuba e Itumbiara (ambas em Goiás), mas poucos querem ir para lá”, citou.

“O mundo mudou e, por isso, precisamos olhar de forma diferente para o nosso Brasil agrícola. O Brasil tem bala na agulha para ir quando quiser para fora. Para tanto, é necessário ter uma atitude de alta confiança”, salientou o executivo. “A revolução em busca de pessoas (para trabalhar no agronegócio) começou há dez anos. Hoje, o agricultor brasileiro está em sua plenitude e não pode perder o bonde, porque a competitividade está brutal. O Brasil vai além das nossas fronteiras. Precisamos ficar acordados para sermos supercompetitivos.”

 

ONDE HÁ VAGAS?

Durante sua palestra, Abrahams também apresentou uma lista de oportunidades no mercado agro brasileiro especificando, inclusive, a demanda por cada tipo de profissional: máquinas e implementos (vendas, produção e marketing); sementes/biotecnologia (vendas, produção, marketing e melhoristas); fertilizantes químicos/nutrição (vendas e marketing); defensivos agrícolas (marketing, vendas, produtos regulatórios e desenvolvimento); produção de grãos (produção agro, farming empresarial/trading); sucroalcooleiro/novas tecnologias (produção agro, industrial e RH – recursos humanos).

Ele ainda mencionou as regiões onde estão as oportunidades: Cerrado, Triângulo Mineiro, Oeste Baiano, Goiás, Mato Grosso, Ribeirão Preto (SP), entre outras. Em relação à formação profissional, Abrahams informou as seguintes áreas: business, finanças, economia, engenharia agronômica, engenharia florestal e genética molecular. Em todos os segmentos, conforme o executivo, é importante ter inglês fluente.

Como competências, o mercado agro de trabalho exige que o profissional tenha um perfil de liderança, com foco em resultado, globalizado e que seja de fácil adaptabilidade, citou o CEO da Abrahams Executive Search.

 

Por equipe SNA/RJ

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