CECAFÉ: Exportações em novembro aumentam 15,40% em relação a novembro de 2022, para 4.329 milhões de sacas; receita recua 10%, para US$ 810.4 milhões

Nos cinco primeiros meses da safra 2023/24 (julho a novembro), as exportações do produto totalizam 18.774 milhões de sacas (+ 16,20%) e a receita US$ 3.673 bilhões (- 5,10%) – Foto de Ante Samarzija na Unsplash

O Brasil exportou em novembro 4.329 milhões de sacas de 60 kg de café, 15,40% mais que as 3.750 milhões de sacas embarcados no mesmo mês de 2022. A receita cambial recuou 10,20%, para US$ 810.4 milhões, informou o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). “Em novembro, seguimos observando o significativo desempenho das exportações dos cafés canéforas (robusta e conilon) que com 856.000 sacas, aumentaram 678% em relação ao mesmo período do ano passado”, indicou em nota, o Presidente da entidade, Márcio Ferreira.

Nos cinco primeiros meses da safra 2023/24 (julho a novembro), as exportações do produto totalizam 18.774 milhões de sacas (+ 16,20%) e a receita US$ 3.673 bilhões (- 5,10%). No acumulado do ano (janeiro a novembro), o Brasil exportou 35.004 milhões de sacas de café, 3,20% menos do que no mesmo período de 2022, com receita 15,30% menor de US$ 7.222 bilhões.

Márcio Ferreira voltou a ressaltar as dificuldades logísticas para o embarque de café, observadas desde a pandemia. Ele cita o Boletim Detention Zero (DTZ), elaborado pela ElloX Digital em parceria com o Cecafé, que aponta alterações em 81% das escalas de navios no Porto de Santos (SP), atingindo o maior percentual de atrasos em 2023 ao superar os 76% registrados em outubro. O boletim também destaca que no mês passado, apenas 17% dos procedimentos de embarque registraram prazo superior a quatro dias de “gate” aberto por navios. Outros 52% registraram entre três e quatro dias e 30% registraram menos de dois dias.

No que se refere à aquecida demanda pelos cafés canéforas nacionais, Ferreira explica que o aumento significativo ocorre pelo contínuo aumento na produção de conilon e robusta no Brasil, resultado, principalmente, de ganhos relevantes de produtividade, novos plantios e melhoria contínua da qualidade. “Os preços remuneradores no mercado interno e, mais recentemente, também no mercado externo têm viabilizado esse esforço por parte dos produtores e podemos dizer que toda a cadeia está atenta ao aumento da demanda, seja por dificuldades climáticas em outros países produtores, como Indonésia e Vietnã, ou pelo incremento de robusta e conilon nos blends no cenário do consumo mundial”, disse.

Nesse sentido, segundo ele, os efeitos do El Niño afetaram, nos últimos 45 dias, as regiões produtoras de robusta no Brasil, principalmente o Norte do Espírito Santo e o Sul da Bahia. “Neste fim de semana, houve alívio com o retorno de alguma chuva, que precisamos que continue para que possamos manter, ou até mesmo aumentar, esses volumes. Em se estabilizando a questão climática, as perspectivas são positivas, pois o Brasil segue competitivo em relação aos seus principais concorrentes”, indicou.

Fonte: Broadcast Agro
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